Avaliar o consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) entre adolescentes na cidade de São Paulo e identificar os fatores associados é o objetivo da pesquisa “Determinantes do consumo de frutas, legumes e verduras pela população adolescente do município de São Paulo”, de autoria da nutricionista Roberta S. Bigio, mestranda do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, sob orientação da Profa. Dra. Dirce Maria Lobo Marchioni , tendo como co-autoras Michelle Alessandra de Castro, Eliseu Verly Júnior, Regina Mara Fisberg, Dirce Maria Lobo Marchioni e que será apresentada no II Congresso Mundial de Nutrição em Saúde Pública que ocorrerá na cidade do Porto em Portugal em setembro/2010 (II World Congress of Public Health Nutrition e I Latinamerican Congress of Community Nutrition que ocorrerá na Alfândega Congress Center, Porto, Portugal, de 23 a 25 de setembro 2010).
O consumo de frutas, legumes e verduras (FLV) é particularmente importante durante a adolescência, devido ao alto teor de nutrientes e às elevadas necessidades corpóreas durante este período de rápido crescimento e desenvolvimento. A constatação desta realidade e a hipótese de que tal consumo era baixo entre adolescentes, foi o que motivou a nutricionista Roberta na realização desta pesquisa.
O estudo foi realizado com 812 adolescentes de ambos os sexos realizado no município de São Paulo no ano de 2003, a partir da análise dos dados do estudo ISA-Capital. O consumo alimentar foi medido pelo recordatório alimentar de 24 horas.
Os resultados mostraram que apenas 6,4% dos adolescentes consumiram a recomendação mínima de 400g/dia de FLV e 22% não consumiram nenhum tipo de FLV no dia avaliado. Quando foram analisados as variáveis renda domiciliar per capita e a escolaridade do chefe de família, percebeu-se que essas influenciavam no consumo de FLV, sendo os casos com maior renda ou maior escolaridade, os que se notava o aumento do consumo de FLV.
Com base nesses resultados a pesquisadora concluiu que o consumo de FLV pela população adolescente do município de São Paulo mostrou-se abaixo das recomendações do Ministério da Saúde e é influenciado pela renda domiciliar per capita e pela escolaridade do chefe de família.
Mais informações com a nutricionista Roberta pelo e-mail: roberta_bigio@yahoo.com.br
Fonte: FSP/USP