Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 pretende integrar lavoura, pecuária, florestas e sistemas de plantio direto
Incentivar práticas ambientalmente corretas e reforçar o apoio à classe média dos produtores rurais. Esses, junto com o aumento do volume de recursos, são alguns dos principais desafios do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011. A informação é do coordenador de análise econômica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcelo Guimarães, para quem o apoio à comercialização, ao fortalecimento das cooperativas do setor e aos investimentos em armazenagem de produtos também são desafios importantes.
“Precisamos, por exemplo, reforçar o apoio ao médio produtor rural. Trata-se de uma categoria intermediária. São aqueles produtores que nem é agricultor familiar nem é grande produtor. O grupo teve grande representatividade no uso da linha Proger Rural, que terá, inclusive, um aumento de recursos no próximo PAP”, afirmou Marcelo Guimarães.
Para incentivar práticas ambientalmente corretas, o Mapa recomenda mais integração. “A proposta é expandir as áreas de integração, lavoura, pecuária, florestas e sistemas de plantio direto”, explica Marcelo, que apresentou um breve panorama dos números do agronegócio. Segundo ele, a exportação vem aumentando gradualmente desde 1999, quando o Brasil vendeu US$ 20,5 bilhões ao exterior. Em 2009, esse número atingiu US$ 64,8 bilhões.
Os principais produtos que se destacaram no ano passado foram a carne, que respondeu pela fatia de 18,2% das exportações, seguido do açúcar, café e soja. “A carne foi o produto que mais ganhou espaço. Segundo ele, a carne foi o setor que mais cresceu nas exportações ao longo dos últimos anos, saindo de 9,5% em 1999 para 18,2% em 2009. Os principais destinos dos produtos agropecuários brasileiros foram Estados Unidos e países da União Européia, respondendo por 88% do valor total exportado.
“O crédito rural ainda é um dos mais importantes instrumentos de política agrícola e tem proporcionado o alto grau de competitividade do agronegócio brasileiro”, disse o coordenador de análise econômica do Mapa. O crédito rural pode financiar: custeio das despesas normais de cada ciclo produtivo; investimento em bens ou serviços, cujo aproveitamento se estenda por vários ciclos produtivos; e comercialização da produção. Os limites de financiamento vão de R$ 170 mil a R$ 600 mil. As taxas efetivas de juros, segundo a origem dos recursos aplicados, podem chegar a 6,75% ao ano.
Fonte: Agência Sebrae de Notícias