As chuvas que afetaram a região nos últimos dias continuam impulsionando diretamente o reajuste nos preços das hortaliças, conforme comprova dados da Central de Abastecimento de Uberaba (Ceasa). O preço total nas 48 variedades de hortaliças comercializadas na Ceasa teve acréscimo médio de 7,9% neste mês em relação ao mesmo período de fevereiro, sendo impulsionado principalmente pelo quiabo, que apresentou variação positiva de 79,9% nos últimos 30 dias.
Das 15 principais variedades de hortaliças comercializadas no mercado livre do produtor, além do quiabo, outras sete variedades também apontaram acréscimo nos seus valores. Foram elas abóbora, cenoura, couve-flor, jiló, pimentão, repolho e tomate. No entanto, batata, cará, chuchu e pepino tiveram queda em seus preços, enquanto abobrinha, alface e cebola mantiveram o mesmo valor de comercialização praticado no mês passado.
O diretor do Departamento de Gestão do Agronegócio da Secretaria Municipal de Agricultura, Luís Fernando Santana, afirma que o aumento no preço das hortaliças é um cenário geral do que ocorre no país em virtude do volume de chuvas no Brasil que aumentou expressivamente nos últimos dias. “Muita chuva acaba prejudicando algumas culturas, comprometendo também a qualidade dessas hortaliças. Assim, os produtores acabam recorrendo a outras Centrais de Abastecimento para comprar aquele produto. Ou seja, aumenta a procura, o preço também aumenta”, explica.
O diretor do departamento salienta que a Ceasa Uberlândia e a de Ribeirão Preto são as mais procuradas, pela proximidade. “Ainda assim, temos observado que alguns compradores estão indo até São João da Serra, um distrito de Patrocínio a aproximadamente 200 quilômetros de Uberaba, para buscar algumas variedades que estão em falta na cidade.”
Luís Fernando ainda conta que outro indicador para o termômetro de preços das hortaliças é o volume de produtos comercializados na feira livre do produtor, que diminuiu expressivamente na maior parte das centrais de abastecimento. “Em São Paulo, por exemplo, houve uma chuva que inundou uma central inteira. O prejuízo dos produtores de lá acaba refletindo diretamente aqui em Uberaba.”
Fonte: Jornal de Uberaba