Artigo – Como irrigar corretamente a plantação?

Por Mauro Banderali*

O agricultor, muitas vezes, toma decisões baseado apenas na sua própria experiência a campo e acaba ficando sujeito a dois tipos de erros ao realizar a irrigação: o de irrigar depois da planta ter enfrentado estresse hídrico e, com isso, ter prejuízos na produtividade; ou o de oferecer mais água para a cultura do que o necessário e, com isso, induzir ao aparecimento de doenças por excesso de umidade e desperdiçar energia elétrica e água. Para evitar estes erros, o agricultor precisa passar a fazer uso das tecnologias que há a seu dispor e que, neste caso, são as estações meteorológicas automáticas.

Elas facilitam um cultivo uniforme e produtivo nas culturas irrigadas. O manejo agroclimatológico da irrigação por meio do balanço hídrico das culturas determina exatamente quando e quanto irrigar. Isto é possível por conta dos dados fornecidos pelas estações meteorológicas, que permitem ao produtor estimar de forma acurada a evapotranspiração da cultura, transmitido de forma direta para o sistema de aquisição de dados das estações.

As estações meteorológicas mais recomendadas são aquelas automáticas, totalmente flexíveis e customizadas para o usuário, sendo desenvolvidas com componentes de alta qualidade e padrão científico. Elas possibilitam o monitoramento e registro automático das principais variáveis climáticas que causam impactos nas mais diversas atividades econômicas, entre elas a agricultura.

Estações instaladas em propriedades rurais que empregam a irrigação, garantem informações precisas sobre as variáveis hidrológicas como temperatura, umidade relativa do ar, índices de radiação, precipitação pluviométrica e velocidade dos ventos. As variáveis são usadas para quantificar a evapotranspiração do local, a partir da qual se define a quantidade de água a ser reposta. Elas ajudam o produtor a controlar o desenvolvimento da cultura visto que os dados são fundamentais para determinar a evapotranspiração das plantas e contabilizar o balanço hídrico.  O resultado é uma cultura com maior produtividade, com custos menores de produção, que pode gerar maior lucratividade ao agricultor.
 

*Mauro Banderali, é especialista em Instrumentação Ambiental da Ag Solve.
 

Fonte: Portal Dia de Campo