Agricultor colhe quatro mil maços de vagem por semana em Ariquemes, RO

Por Eliete Marques

A produção de vagem do agricultor Luiz Antônio de Faria, de 50 anos, em Ariquemes (RO), garante as receitas de saladas, farofas e cozidos de muitas pessoas no estado. Por semana, são colhidos quatro mil maços da verdura, que abastecem supermercados do município e de Porto Velho. De acordo com a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o produtor ganhou espaço no mercado em virtude da confiabilidade na entrega da verdura.

Antes de chegar ao supermercado, a verdura passa por um longo processo, que começa em um sitio, na zona rural de Ariquemes. Luiz e o irmão Teodomiro de Faria, de 40 anos, administram a produção. O primeiro fica na roça com mais 10 colaboradores, enquanto o segundo fica na parte de comercialização e entrega do produto.

O ciclo da vagem acontece em cerca de 50 dias, que vai do plantio até a colheita. A produção, plantada em meio hectare de área, acontece de forma parcelada. “É um cuidado constante. É preciso limpar o mato, cuidar das pragas e amarrar o barbante para que ela cresça e suba. Mas quando vemos o 'suor' de nosso trabalho na gôndola do supermercado é uma alegria muito grande”, ressalta Luiz.

A família chegou à região em 1985 e já trabalhou com café, jiló, pepino e alface. Há 15 anos resolveram migrar para a vagem e se dizem felizes com os resultados. “Antes trabalhávamos na feira e a estrutura era pequena. Conseguimos crescer com a cidade. Tivemos que investir e nos organizar para cumprir os compromissos semanais”, explica Teodomiro.

A dona de casa Elaina Figueiredo diz que usa a vagem para a farofa e aguarda a chegada da verdura no supermercado. “Já sei quando chega o carregamento e já venho comprar a vagem fresquinha. Nossa família é grande. Todos gostam de farofa de vagem. Acrescento cenoura e bacon e fica uma delícia”, diz.

De acordo com o extensionista da Emater Newton Almeida Soares, a família tem a maior produção de vagem do município. “Há outros pequenos produtores, mas que ainda não dispõe de uma organização empresarial como a deles. Para garantir mercado é preciso entregar o produto mesmo com chuva e sol e eles saem na frente neste quesito”, ressalta.

Fonte: Portal G1