Conforme as religiões, pede-se a chuva aos deuses ou a São Pedro. Fazem-se mezinhas. Se nada disto bater certo ou porque é ateu, pode sempre fazer uma inseminação artificial de chuva. E, dizem os deuses, os homens devem estar loucos.
Um grupo de produtores de arroz e soja do Estado do Maranhão, no Brasil, confrontado com uma seca de meses e na iminência de perder as culturas, uniu-se e resolveu comprar chuva.
A técnica consiste numa espécie de inseminação artificial das nuvens. Um avião sobrevoa as nuvens e lança sobre elas gotículas de água de diâmetro controlado, maiores que as gotas existentes na nuvem. São as gotas «colectoras». Depois, dentro da nuvem, ao entrar em contacto com as outras gotas, as gotas colectoras imitam o processo natural de crescimento vertical das nuvens, pela evaporação. A partir de certo ponto, há uma condensação da nuvem, passando do estado gasoso para o líquido, e, pronto, começa a chover!
Feliz, Sérgio Strobel, o agricultor que encabeçou o movimento dos agricultores, conta ao jornal Estadão que «naquele período, a meteorologia previa chuvas de apenas 2 milímetros. Mas, após o segundo dia de trabalho da empresa, em algumas propriedades chegou a chover 100 milímetros».
Aliviado, de seguida. «Foi um alívio, afinal, investimos cerca de 1500 reais por hectare». Trocado por euros, isto dá mais de 640 euros. Agora multiplique por 300 hectares. Uma chuva de notas, isso sim!
Fonte: Estadão