A enxertia é fundamental para os produtores da região amazônica
As doenças de solo são preocupantes fontes de prejuízos para o cultivo do tomateiro na região amazônica. Somente a ocorrência endêmica da bactéria responsável pela murcha bacteriana pode inutilizar mais de 40% da produção de tomates. Considerada uma técnica limpa e eficiente, a utilização de porta-enxertos é fundamental para os produtores locais. Além de proteger a planta de outras doenças como canela preta, nematóides e fusariose, a principal vantagem é a substituição do gás brometo de metila. Proibido pelo protocolo de Montreal, o método de esterilização do solo provoca danos à camada de ozônio.
Segundo o analista da Embrapa Hortaliças José Mendonça, o processo de resguardar as hortaliças desses organismos presentes na microbiota também pode ser utilizado em outras culturas, como o pimentão, constantemente atacado pelos mesmos predadores na área. De acordo com ele, os materiais híbridos com atributos de tolerância específica já são produzidos por diversas empresas do setor, e portanto podem ser facilmente encontrados no mercado.
— A enxertia é a união de duas plantas, uma suscetível e outra tolerante. Na verdade, consiste no isolamento da planta que é suscetível à doença, por meio do porta-enxerto resistente, que também é um tomateiro sem qualidades comerciais. Serve unicamente para absorver sais minerais e água do ambiente contaminado. No Acre, não é viável plantar tomate de outra forma — explica.
Fonte: Jornal Mato Grosso do Norte