Por Mauro Banderali*
As mudanças climáticas devem reduzir o lucro dos agricultores nos próximos anos. Só em 2009, a renda agrícola deve fechar seu balanço com uma redução de 3,8%, por conta de danos trazidos, principalmente, pelas intempéries do clima, segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Se a previsão for confirmada, a queda na renda será a segunda maior já registrada, desde o início da série de estatísticas, em 1997.
Uma das soluções para este problema são as estações agrometeorológicas e os sensores de umidade do solo, que podem diminuir perdas e otimizar uso de recursos na produção. As mudanças climáticas desestabilizam a produção das diversas culturas, alterando suas necessidades de manejo, como quantidade de água e fertilizantes, além dos períodos de plantio e colheita. Frutas, hortaliças e grãos já não amadurecem mais no tempo previsto e o acirramento das intempéries climáticas, só deve agravar esta situação.
Uma solução para lidar com esta nova realidade e se adaptar às mudanças climáticas é o investimento em tecnologias para monitoramento do microclima agrícola e umidade do solo. Com estes equipamentos é possível determinar quanto e quando irrigar, aplicar agroquímicos e fertilizantes; determinar o florescimento e a frutificação, conhecer os efeitos do clima nas fases vegetativa e produtiva; saber o acúmulo de horas de frio ou graus-dia, a incidência de pragas e predadores, além da interação entre produção, produtividade e efeitos do clima naquela cultura e área.
A falta de conhecimento sobre os equipamentos e o medo de investir neles, ainda barram a difusão da tecnologia, já amplamente utilizada no exterior. O produtor precisa começar a aplicar as tecnologias disponíveis, buscando treinamento e capacitação. Investe-se muito em máquinas para plantio, e quase nada para acompanhar a lavoura durante as intempéries. Ele poderia antever problemas e prevenir perdas, o que geraria uma economia maior na produção.
Uma linha de estações agrometeorológicas e sensores de umidade do solo para monitoramento do clima e água disponível, com aplicação em cultivos protegidos, viveiros de mudas, áreas irrigadas, além de softwares para cálculos, como ponto de orvalho e evapotranspiração da Ag Solve, já está disponível no mercado.
*Mauro Banderali é Engenheiro Agrônomo e ocupa o cargo de Diretor-Presidente da empresa especializada em monitoramento e remediação ambiental Ag Solve.
Fonte: Ag Solve