China adota medidas para conter inflação no preço das hortaliças

Alta de preços dos alimentos é um dos problemas centrais da China. O governo chinês publicou este mês uma ordem para estabilizar o preço dos produtos com o fim de garantir a oferta ao mercado. A reportagem nos traz mais detalhes.

O governo da Província de Fujian, no sudeste da China, estabeleceu um sistema de alerta diário para supervisionar o preço dos alimentos. Com o mecanismo, o preço de legumes e verduras foi reduzido e a oferta dos produtos, aumentada.

A prefeitura de Quanzhou, cidade de Fujian, deu início a um mecanismo de emergência para controlar o preço dos vegetais, adotado sempre que um item subir 50% de um dia pro outro e se manter assim por três dias consecutivos.

“Supervisamos as amostras de quatros tipos de vegetais, entre eles a couve chinesa e o brócolis. Quando descobrimos que seus preços subiram mais de 50% aos em relação ao dia anterior, se mantendo assim pelos três dias seguintes, iniciamos um plano de urgência, aumentando a oferta dele no mercado. Cessamos o plano quando o fluxo do preço se move numa taxa abaixo de 20%.”

A palavra é de um representante da Direção de Desenvolvimento Comercial de Quanzhou. Com uma série de medidas, os preços dos legumes e verduras vêm sendo reduzidos em Fujian, com uma margem entre 30% e 40%. O repórter da CRI visitou um supermercado da cidade no qual pode observar um bom estoque de verduras frescas. O senhor Lin, gerente do estabelecimento, afirmou:

“Aumentamos a oferta. Por exemplo, oferecíamos três toneladas diárias de couve chinesa, mas, com a redução do preço, elevamos a oferta diária para 10 toneladas, a fim de garantir a oferta abundante durante um dia inteiro.”

Na Província de Anhui, leste do país, o governo local financiou a construção de estufas e as alugou a agricultores que semeiam verduras e legumes. A autoridade de Yunan assinou acordos de cooperação com as províncias de Sichuan e Hunan para garantir a oferta ao mercado. As províncias de Hubei, Shandong e Liaoning acionaram mecanismos de supervisão sobre cereais, óleo, carne, hortaliças e leite, numa tentativa de estabilizar o mercado desse tipo de produto.

Para conter os preços, a prefeitura de Dalian, na província nordeste de Liaoning, passou a oferecer subsídios diários a atacadistas e varejistas de hortaliças, além de reduzir a tarifa de licenças a seus estabelecimentos. Com a nova política, a oferta de verduras no mercado subiu 50% e reduziu os preços no atacado em 20%. Para o gerente da Feira Shuangxing, Li Baoting, as medidas são suficientes para garantir a rotina da população:

“No passado, cobrávamos uma tarifa de gerenciamento de 4% sobre o preço das verduras, ou seja, 60 yuans por tonelada, com 20 yuans adicionais de tarifa de postos. Um camponês tinha de pagar 80 yuans por uma tonelada de verduras comercializada a 1,5 yuan o quilo. Agora, cobramos apenas 10 yuans por tonelada.”

Em Zhengzhou, capital da província rural de Henan, o governo local também adotou diversas medidas para garantir a oferta básica. Numa feira na Rua Huanghe, o repórter da CRI notou uma imensa variedade de verduras a venda, entre elas alface, couve chinesa e berinjela. Os consumidores comemoram a queda nos preços.

“O preço do quilo da alface é 2 yuans, ao invés dos 3 yuans cobrados no passado. Já a carne suína está 1 yuan mais barata.”

Desde sexta-feira da semana passada, os preços começaram a cair. A autoridade de Zhengzhou está reforçando os estudos sobre o mercado e adotando contra-medidas ao fluxo excessivo dos preços, além de planos de emergência, afirmou o diretor da Direção do Comércio de Zhengzhou, Song Jiali.

“Para garantir o abastecimento no inverno, temos um estoque de sete dias para enfrentar qualquer necessidade do mercado.”

Fonte: CRI Online