CORONAVÍRUS Crédito: ‘Remédio precisa chegar no doente antes da morte’, diz Tereza Cristina

A ministra da Agricultura afirmou que um projeto de linha de crédito para pequenos produtores já está pronto para ser implementado, e pode ser liberado já na próxima semana

 
 
04 de abril de 2020 às 20h33
Por Kenia Santos, de São Paulo (SP)
 
 
Ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante solenidade de abertura do 1º Congresso Brasileiro de Gestores da Agropecuária

 

Foto: Antonio Araujo/Ministério da Agricultura

Em entrevista neste sábado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina,  afirmou que um projeto de linha de crédito para pequenos produtores já está pronto para ser implementado, e pode ser liberado já na próxima semana. O orçamento será direcionado para uma equalização de créditos. 

“O Ministério da Agricultura está trabalhando nessa linha. Queremos atender principalmente os pequenos agricultores, para auxiliar com estoques e outras demandas para que o setor não sinta ainda mais os impactos da crise do coronavírus”, afirmou ela. 

Tereza citou ainda o setor de flores, cujo segundo relatos, já há uma redução de 70% nas vendas. “Já conversei com o Paulo Guedes e ele aprovou o orçamento. Mas infelizmente, o Brasil ainda é um país muito burocrático e estamos trabalhando em cima disso, para que o remédio chegue ao doente antes que ele morra”, enfatizou. 

A ministra no entanto, não revelou o valor que será destinado às linhas de créditos. 

Ainda segundo ela, o Mapa está averiguando possíveis impactos no setor de produção de ovos de codorna, que pode sofrer uma redução drástica no plantel, de 20 milhões para 5 milhões. 

Portos 

Tereza Cristina reforçou que o governo está trabalhando para garantir que não haja paralisações nos portos do país. “Tenho conversado com o Ministro da Infraestrutura, o Tarcício, para melhorar ainda mais a logística.  Terminamos a nossa maior safra de todos os tempos, e existe um cronograma dentro da capacidade dos portos de exportação. 

“Precisamos ficar atentos também ao dólar, que por conta da alta, muitos produtores acabaram negociando soja ao mesmo tempo e parar a exportação agora, seria uma terrível perda para o agronegócio do Brasil como um todo”, disse.

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