OMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) informam que o Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) manterá o cronograma de realização de estudos e publicações de portarias de 2020.
Em função da pandemia do Covid-19, os serviços, que envolvem desde o estabelecimento da metodologia e aplicação da modelagem até o recebimento de informações de cultivares e publicação no Diário Oficial da União, serão realizados de forma remota por meio de sistemas de informação.
A Embrapa, responsável pela elaboração dos estudos de ZARC, continua executando o processamento e atualização de zoneamentos previstos para 2020 em regime de teletrabalho, com as diferentes equipes interagindo remotamente. Neste ano, a etapa final de apresentação dos resultados para avaliação e validação dos mesmos deverá ser realizada por teleconferência.
As reuniões de validação, que normalmente são presenciais e realizadas em diversas regiões produtoras com a participação de grupos técnicos de diferentes localidades, serão transmitidas por teleconferência com acesso pela internet. O endereço eletrônico e datas de cada reunião serão divulgados com antecedência para que os interessados possam se programar para participar.
Os técnicos do Departamento de Gestão de Riscos do Mapa permanecem executando, em teletrabalho, todos os serviços necessários para manter o fluxo de publicação de Zarc. Para o secretário de Política Agrícola do Mapa, Eduardo Sampaio Marques, “as portarias são fundamentais para manter a sequência de contratações no sistema de crédito de custeio agrícola e obrigatórias para enquadramento no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e acesso ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), logo, essenciais para a produção e abastecimento de alimentos”.
Fundamental para compilar as cultivares recomendadas ao plantio em cada região do país, o sistema de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (SISZARC) está em pleno funcionamento para que os obtentores/mantenedores façam as inclusões de cultivares para a safra 2020/2021.
As portarias de ZARC serão publicadas no DOU conforme cronograma pré-estabelecido e os resultados ficarão disponíveis no painel de indicação de riscos, e no aplicativo “Zarc – Plantio Certo”.
As demandas e sugestões do setor produtivo poderão ser enviadas para o e-mail zoneamento@agricultura.gov.br, sendo analisadas e respondidas em tempo hábil.
Neste exercício, financiado pelo convênio firmado entre o Banco Central e Embrapa, o Zarcs das culturas de arroz irrigado, aveia, caju, cevada, citrus, mamona, melancia, milheto, milho 1ª safra, milho 2ª safra e sorgo serão revisados pela Embrapa, com a utilização de novas bases climáticas e metodologias aperfeiçoadas. Alguns destes estudos já serão base para a publicação das portarias da safra 2020/2021.
Outras 16 culturas permanecem com seus Zarcs válidos. São elas: abacaxi, banana, cacau, café, cana-de-açúcar, canola, dendê-palma de óleo, gergelim, maçã, mamão, mandioca, manga, oliva, palma forrageira, sisal e uva. Essas culturas, na maioria perenes, têm portarias permanentes que são renovadas a medida em que novos estudos são realizados pela Embrapa e publicados pelo Mapa. As culturas anuais têm as portarias renovadas por ano-safra, quando são atualizadas as informações das novas cultivares desenvolvidas pela pesquisa.