As exportações de melão voltaram a crescer. Para aproveitar o bom momento, agricultores do Ceará apostam em mais tecnologia para conquistar novos mercados.
A Estrada do Melão fica na divisa dos Estados do Ceará e Rio Grande do Norte. Ela leva a três 3,5 mil hectares, onde são produzidos mais de dez milhões de melões por safra, que vai de agosto a março. Mil e setecentos empregos já foram gerados na região.
Oitenta e cinco por cento da produção vai para a Europa. Só em uma das fazendas, as exportações cresceram 25% com relação à safra anterior. Otimistas, os produtores já fazem planos para esse ano.
“A nossa expectativa é um crescimento em torno de 20% a 22% de aumento. Além disso, também buscar novos mercados, como o China, Dubai, Japão”, disse Paulo Dantas, gerente administrativo.
Para alcançar os objetivos, ainda é preciso vencer alguns desafios. O principal deles é tornar as sementes mais resistentes. As sementes são selecionadas e cobertas com fibra de coco processada. As mudas ficam na estufa por até oito dias, sob cuidados especiais.
Da estufa para o campo e de lá para a unidade de processamento. O gerente explicou que cada comprador tem um tipo preferido de melão: cantapule, pele de sapo, amarelo e galha.
As frutas consideradas nobres representam 50% da produção. Elas são refrigeradas à temperatura de 7% antes de seguirem viagem de navio. É a garantia de que chegarão belas e frescas em solo europeu e, se tudo der certo, em outros destinos também a partir desse ano.
O Ceará produz 50% do melão nacional.
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Fonte: Globo Rural