O vendedor João Batista diz que flores sofrem com tempo seco e quente (Foto: Letícia Macedo/G1)
Por Letícia Macedo
O calor atípico no inverno e a baixa umidade do ar têm trazido prejuízos à respiração dos paulistanos e têm reduzido a durabilidade das flores. Os floristas da Avenida Doutor Arnaldo, na região da Avenida Paulista, próximo do Cemitério do Araçá, que conversaram com a reportagem do G1 já observaram um aumento no número de flores que são descartadas mais rapidamente do que o normal para um mês de inverno.
“No frio as flores duram bem mais. O calor e o tempo seco prejudicam demais. Na semana passada eu já comecei a perder mais flores do que tenho costume de perder no inverno. O goivo, a boca de leão e o lisiantus são os que mais sofrem”, afirmou o florista José Bonfin, de 46 anos.
“Quando o tempo fica mais seco a flor sente mais. Até eu estou meio rouco. Imagine as plantas?”, observou João Batista, de 40 anos, que há 25 anos é vendedor de flores.
Diante da temperatura em elevação, não resta muito o que fazer aos floristas. As flores que estão plantadas em vaso podem ser molhadas várias vezes ao dia, mas as flores soltas não resistem ao calor e à baixa umidade.
“Esse tempo seco e poluído é prejuízo na certa. Não adianta jogar água por cima, porque elas estragam. Só rosa que a gente pode molhar por cima”, observou Marivaldo Santos, de 40 anos, que vende flores há 24 anos.
Marivaldo afirmou ainda que as flores que resistem melhor ao calor são o lírio, antúrio, alpina, estrelízia. “Entre as plantadas, a orquídea e o lírio agüentam bem”, disse.
Tempo – A temperatura está em elevação desde a semana passada. No domingo, na capital paulista os termômetros marcaram 28,3ºC e a umidade do ar chegou a 28%.
Fonte: Portal G1