“Sanidade e Doenças Propagadas através de Mudas – GSPP” foi o assunto da palestra ministrada por Lionel Bardin, diretor geral Brasil da Rijk Zwaan Brasil Sementes. A sigla GSPP deriva da nomenclatura em inglês: Good Seed and Plant Practices, que em português é conhecida como Processo Seguro de Produção de Sementes e Mudas. Definido por Bardin como “um protocolo de higiene para a produção de sementes e mudas que garante 99,99% que estas estão livres de doenças”, o GSPP é uma garantia de qualidade, sobretudo, para o produtor, que precisará usar menos defensivos, fato que beneficia o consumidor também. Segundo ele, as sementes e mudas produzidas sob GSPP são comercializadas com certificação e há auditoria externa, podendo ser comparada aos processos ISO 9000, para validar o processo.
Iniciada por meio de uma cooperação entre empresas de sementes holandesas e francesas com viveiros destes países, atualmente, a prática de GSPP possui certificação apenas para tomate, processo que começou na Europa, em 2012, e se expandiu pelo mundo. De acordo com Lionel Bardin, o GSPP ainda não está disseminado no Brasil porque não existe demanda, considerando que no país a maioria da produção é feita em campo aberto, onde já há muitas doenças naturalmente. Porém, “à medida que os cultivos migrarem para ambientes protegidos, a necessidade de garantir sementes e mudas sadias crescerá. A demanda vai começar para o cultivo do tipo tomate grape, onde tem altos investimentos e para quem usa mudas enxertadas também. Seguramente, o protocolo terá que se adaptar à realidade brasileira”, afirma o diretor. Para ele, poder oferecer no futuro uma muda sadia será um diferencial competitivo, contudo, faz um alerta: “não adianta comprar sementes GSPP, se os viveiros não adotarem estas práticas também, pois uma semente GSPP não é automaticamente uma muda GSPP”.