Hortaliças e verduras até 25% mais caras no Pará

A alta nos preços da alimentação paraense não se restringe apenas aos itens da cesta básica. Segundo o resultado da pesquisa divulgada hoje pelo Dieese/PA (Departamento Intersindical de Estatística e Esudos Socioeconômicos no Pará), a maioria dos produtos hortifrutigranjeiros, as hortaliças e verduras, comercializados em feiras livres e supermercados de Belém, tiveram um reajuste de preço superior a 10%, chegando, em alguns casos, a mais de 25% em 2010. No total, foram detectados aumentos significativos no custo de 17 tipos de hortis.

O estudo realizado semanalmente, entre os meses de janeiro a outubro deste ano, mostra ainda que as variações são superiores à inflação calculada para o mesmo período. No topo da lista dos hortis que tiveram a maior variação de preço está a couve (maço), que em dezembro de 2009 custava R$ 0,74 e, em outubro deste ano, passou para R$ 0,93, uma alta de 25,68%.

Segundo Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese/PA, as explicações para as altas verificadas vão desde a importação de grande parte destes produtos, passando pela intermediação e sazonalidade de outros. “Certo mesmo é que o Pará continua importando uma quantidade expressiva destes produtos e, por conseguinte, fica sujeito a uma série de fatores que ocorrem durante boa parte do ano. Não é mera coincidência que a alimentação dos paraenses continua entre as mais caras do país”, afirma.

Apesar disso, cinco dos 22 produtos pesquisados apresentaram baixa no preço. Entre eles, a cebola é o item com maior reajuste negativo, de 40,20%.(DOL, com informações do Dieese/PA)

Confira abaixo os produtos que tiveram maior alta de preços:

– Couve (maço): alta de 25,68%

– Alface (maço): alta de 23,96%

– Maxixe (kg): alta de 20,25%

– Jambu (maço): alta de 17,95%

– Cebolinha (maço): alta de 15,79%

– Quiabo (kg): alta de 15,03%

Veja os produtos que obtiveram baixa no preço:

– Cebola (kg): redução de 40,20%

– Cenoura (kg): redução de 27,04%

– Beterraba (kg): redução de 25,77%

– Repolho (kg): redução de 19,63%

– Batata (kg): redução 11,85%

Período pesquisado: Janeiro a outubro de 2010.
 

Fonte: Dieese/PA