Produtos devem seguir padrões oficiais de classificação
Fiscalizar a qualidade dos produtos vegetais oferecidos ao consumidor é responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As normas oficiais são aplicadas aos alimentos como arroz, feijão, milho, soja, ervilha, farinhas, frutas e verduras, além de castanhas e amendoim. Para isso, além da atuação das Superintendências Federais de Agricultura nos estados, o governo federal credencia prestadores de serviços de classificação na área agronômica, que somam quase 4,4 mil em todo o País.
O procedimento de análise foi estruturado pela Coordenação-Geral de Qualidade Vegetal (CGQV) do Mapa, que aperfeiçoou um sistema baseado no Programa Americano de Análise de Alimentos e Nutrientes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Desde 2006, os parâmetros são ajustados de acordo com os dados amostrais de área urbanizada do Brasil e levantamentos populacionais.
O coordenador de fiscalização da Qualidade Vegetal do Ministério da Agricultura, André Oliveira, observa que esse sistema funciona de forma complementar à fiscalização de rotina, proporcionando acompanhamento dos produtos vegetais desde o plantio até a comercialização nas regiões mais distantes. “A ação garante a qualidade das mercadorias porque avalia tanto as origens, quanto os prováveis destinos dos que apresentam não conformidades com os padrões”, complementa.
De acordo com Oliveira, o Mapa tem observado que as periferias dos grandes centros são o principal destino de produtos não conformes. Por isso, a inspeção de rotina nesses pontos de venda está sendo estimulada. “Como efeito positivo da fiscalização, verificou-se que o óleo de soja comercializado no País obteve maior índice de conformidade ao padrão do Mapa de 81% (2008) para 85,2% (2009), com diferença expressiva para o óleo de canola, de 62% (2008) para 81% (2009)”.
O coordenador explica que, em termos práticos, essas melhorias na qualidade do produto são percebidas quando o consumidor ingere alimentos fritos (com óleo novo) sem aquela imediata “queimação no estômago”, ou quando em frituras repetidas no mesmo óleo, não exala odor ou fumaça.
Melhorias – Na verificação de rotina, os produtos como arroz, feijão, amendoim, farinhas, polvilhos e féculas apresentaram pequeno aumento de conformidade, de 70% para 71%, entre 2008 e 2009. “Estamos aperfeiçoando os procedimentos de fiscalização desses produtos, a exemplo da fiscalização efetuada em óleos vegetais”, ressalta André Oliveira.
Fonte: Mapa