Mercados externos influenciam a alta de preços na Ceasa

O preço da alface continua crescendo na Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag). Nesta quarta-feira (10), o produto foi comercializado a R$ 2,41, o que significa um aumento de 107,7% em relação ao mesmo dia da semana passada.

O preço da alface continua crescendo na Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura, Aquicultura, Abastecimento e Pesca (Seag). Nesta quarta-feira (10), o produto foi comercializado a R$ 2,41, o que significa um aumento de 107,7% em relação ao mesmo dia da semana passada.

Apenas essa semana, de segunda (08) até esta quarta-feira (10), o alimento já subiu 33%. Mas, além da alface, o preço de outras verduras e legumes também continua aumentando, como o tomate e o brócolis.

De acordo com o técnico da Ceasa, Marcos Antônio Magnago, as causas de tanta elevação no preço podem estar relacionadas tanto com as condições climáticas no Espírito Santo, que sofreu com uma forte seca seguida de chuvas intensas, quanto às tempestades que tem ocorrido em São Paulo e no Sul do Brasil, já que o Estado tem exportado grande quantidade de hortaliças para estes locais.

Em Santa Maria de Jetibá, município responsável por 60% do abastecimento de alface na Ceasa/ES, um acontecimento inédito pôde ser observado desde o início deste ano. De acordo com o secretário de Agricultura da cidade, Wanderley Stuhr, em fevereiro de 2010, Santa Maria de Jetibá mandou para São Paulo e para o Sul do Brasil cerca de 10 toneladas de hortaliças, principalmente repolho, chuchu, tomate e folhosas, como a alface.

“Como as lavouras de São Paulo foram muito prejudicadas pela chuva, os comerciantes paulistas estão vindo buscar os alimentos aqui no Estado, o que nunca havia acontecido antes nesta época do ano. O comércio tem sido muito positivo para os produtores de Santa Maria de Jetibá, que tem vendido os seus produtos a um preço mais elevado”, afirma.

Bom para o produtor e ruim para o consumidor. Marcos Antônio Magnago explica que os altos preços no mercado paulista inflacionam também os mercados locais. Por isso, mesmo que o tempo seja estabilizado no Espírito Santo, os preços podem se manter altos.

Fonte: Redação Multídia ES Hoje