Cosméticos, têxteis e sementes surgem como oportunidades para a cadeia produtiva do setor
O setor de orgânicos tem mostrado cada vez mais potencial para outras áreas, além dos alimentos. Exemplo disso são as novas oportunidades de mercado que o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Rogério Dias, apresentou na BioFach América Latina. “A indústria de cosméticos talvez seja um dos setores que mais conseguiram crescer, mesmo no período de crise”, destacou Dias. Ele informou que os consumidores estão cada vez mais preocupados com o seu bem-estar e qualidade de vida, tanto na alimentação, quanto no corpo. “As pessoas querem saber que tipo de alimento estão ingerindo, que tipo de produto estão utilizando no seu corpo, como cremes, xampus e sabonetes”.
Para Rogério, a indústria têxtil é outra área promissora para os orgânicos e se torna mais viável no Brasil, graças ao algodão colorido naturalmente, que já é produzido em algumas regiões. “Assim, poderemos fabricar roupas que não precisam sequer de tinta. Isso é fantástico”. O coordenador disse que as tinturas dos tecidos sempre causaram poluição e problemas de saúde para os trabalhadores das tecelagens, que estão em contato com materiais compostos por metais pesados.
No caso das sementes orgânicas, os benefícios podem ser maiores. “A nossa legislação estabeleceu um prazo de cinco anos para que os produtores trabalhem com sementes orgânicas”, informou. Para isso, o país precisa de produtores de sementes orgânicas, que agregam valor à cadeia produtiva. A novidade também promete melhorar a remuneração do produtor, que terá mais uma opção de renda.
A BioFach América Latina termina nesta sexta-feira, em São Paulo (SP), no Transamérica Expo Center.
Fonte: Mapa