Os novos padrões de consumo para a sustentabilidade

A necessidade de redesenhar novos padrões de consumo foi o tema de um dos debates do Fórum Econômico Mundial, que aconteceu no final de janeiro, em Davos (Suíça). Entre os debatedores estavam Mark Parker (EUA), presidente e CEO da Nike, Paul Polman (Inglaterra), CEO da Unilever, Leo Apotheker (Alemanha), CEO da SAP, e Harish Hande (Índia), diretor da SELCO Solar Light, uma empresa de energia renováveis.

O debate partiu de uma questão básica: se a maioria dos consumidores atualmente está disposta a comprar produtos sustentáveis, de acordo com várias pesquisas, como os modelos de negócio deveriam ser redesenhados para incorporar valores sustentáveis para o consumidor? Veja um resumo das principais conclusões:

As empresas precisam assumir a liderança e influenciar o comportamento do consumidor enquanto adotam novos modelos de negócios que otimizem os lucros sem destruir os recursos naturais.

Os novos modelos de negócios deveriam incluir tanto mudanças incrementais quanto mudanças estruturais e mais profundas. Uma ação imediata e proativa é necessária em todos os elos da cadeia de fornecedores; isso só pode ser conseguido por meio de parcerias

As empresas são responsáveis por educar os consumidores e por influenciar uma mudança no seu comportamento. Atualmente, 90% dos consumidores afirmam que gostariam de contribuir positivamente para a sustentabilidade, mas não querem pagar a mais por isso.

O crescimento deveria ser desconectado do impacto ambiental, e as iniciativas das empresas não devem ser baseadas em filantropia. Para lidar com gerenciamento de recursos naturais e de impactos ambientais a transparência é fundamental, tanto dentro das empresas como na comunicação com os consumidores. Estabelecer padrões e rotulagens para comunicar o impacto ambiental dos produtos pode ajudar as empresas e os consumidores a otimizar o uso dos recursos naturais.

O mesmo princípio de transparência deveria levar as agências de publicidade a recusarem a prática do “greenwashing” – criar uma falsa imagem de empresa “verde” e sustentável.

As empresas não devem ficar esperando nem por regulamentações governamentais, nem que os consumidores demandem por mudanças.

Fonte: Instituto Akatu