Por Flávio Laginski
O Estado do Paraná ocupa uma posição de destaque na produção nacional do morango. Atrás apenas dos estados das Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo, o fruto foi responsável, em 2008, por quase 2% do Valor Bruto de Produção (VBP) paranaense, gerando R$ 847 milhões de um total de R$ 41,4 bilhões. De toda a fruticultura cultivada no Paraná, o morango correspondeu a 1,06% (quase 64 mil hectares) e a 7,77% de toda a renda da fruticultura.
A Região Metropolitana de Curitiba (RMC), em particular São José dos Pinhais, é responsável pela maior parte de produção: 39,7%. Destacam-se também as regiões de Jacarezinho (norte), com 25%, e de Ponta Grossa (Campos Gerais), com 6,9%.
Tem como característica o fato de ser uma atividade familiar. Ao todo, são 1,3 mil produtores paranaenses, que geram, aproximadamente, 12 mil postos de trabalho. As propriedades geralmente têm menos de um hectare, com tamanho médio de 0,39 hectare.
Segundo o engenheiro agrônomo e coordenador estadual de fruticultura João Carlos Zandoná desde 1999 a atividade vem crescendo no Estado, saltando de oito mil toneladas/ano para 16 mil toneladas/ano. O principal mercado do fruto paranaense continua sendo interno, mas o produto tem também uma boa aceitação nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
Zandoná conta que não é fácil lidar com a cultura do morango, pois requer muito conhecimento e aplicação de tecnologias por parte do produtor. “A cultura impõe um domínio da tecnologia de produção, onde os avanços são cada vez mais contínuos. Ela não é indicada para o que chamamos de aventureiros, devido a toda a sua exigência e capricho. É preciso ser bem profissional para se firmar nesta atividade”, garante.
Um exemplo disso foi que a safra de 2009 (números não divulgados) não foi das melhores para os agricultores. “Devido ao excesso de umidade, houve uma queda de produção. Um morangueiro produz em média 1,2 quilos, todavia, acredito que em 2009 esse número não foi superior a 500 gramas. Isso gerou uma diminuição na produção e aumento no custo da cultura, o que acabou por inflacionar o seu preço”, informa.
Fonte: Paraná Online