Com cerca de R$ 70 e o frete pago pela prefeitura, o grupo fez a compra coletiva dos insumos e preparou 800 quilos de adubo sob a orientação do agrônomo. O saco de cinco quilos do produto é vendido em média a R$ 35 na região, de acordo com Braga. A expectativa é fornecer para a merenda escolar do município, conforme a Lei Federal n. 11.947 que estabelece que as compras deverão ser feitas prioritariamente dos assentamentos.
Com mais de dez variedades de frutas, verduras e legumes cultivadas em sua propriedade, o agricultor Valdir Martins planeja transformar toda a sua produção em orgânicos no prazo de dois a três anos. “Estou começando a aprender sobre orgânicos para vender produtos sem agrotóxicos a preços melhores e ajudando a preservar o solo”. O bokashi é uma mistura de terra, esterco de galinha, farelo de osso, de trigo ou de arroz e microorganismos vivos.
A técnica de preparo do bokashi foi repassada também a um grupo de produtores do distrito de São Francisco Xavier e na região norte de São José dos Campos. Também serão incluídos no programa produtores dos bairros de Eugênio de Melo e da região da rodovia dos Tamoios, que deverão receber o treinamento a partir de março. Para aumentar a produtividade nas pequenas propriedades, a prefeitura oferece, em média, 80 cursos gratuitos voltados aos produtores e trabalhadores rurais. “Buscamos oferecer uma alternativa de geração de renda para quem vive e depende do campo”, diz Amélia Oikawa, responsável pelo Programa de Desenvolvimento Rural (Proder).
Cursos
Já foram iniciados os cursos de produção intensiva de leite e de instalação elétrica em baixa tensão em propriedades rurais, ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O curso de produção intensiva de leite vai até novembro, com 402 horas, entre aulas teóricas e práticas. São 25 vagas e o programa abordará temas como planejamento e gerenciamento de propriedades leiteiras, irrigação de pastagem, ordenha e qualidade do leite, entre outros.
Também neste mês foram abertos os cursos de apicultura, artesanato em palha de milho, tomate orgânico e olericultura (hortaliças) orgânica. Com 168 horas de duração, o curso de apicultura está dividido em seis módulos e está sendo ministrado em um sítio do bairro Terra Boa. O curso de artesanato em palha de milho, com uma semana de duração, foi realizado em São Francisco Xavier. O curso de produção de tomate orgânico é dividido em cinco módulos com carga horária de 88 horas.
O objetivo é capacitar os produtores para a produção de tomates no sistema orgânico, desde o preparo do solo, passando pela colheita e beneficiamento. Segundo o engenheiro agrônomo e instrutor do Senar, Alexandre Delgado, os cursos oferecidos pela instituição em parceria com os municípios e sindicatos rurais visam o desenvolvimento do setor agrícola.
“Muitos produtores de orgânicos não produzem tomate, que é justamente a segunda hortaliça mais vendida em todo o Brasil, superada apenas pelo alface. O curso será uma boa oportunidade para mostrar que com os cuidados necessários o tomate também pode fazer parte da produção de orgânicos”, disse.
Fonte: DCI – Diário do Comércio & Indústria
Fonte: DCI – Diário do Comércio & Indústria / |