Preço das hortaliças dispara e já provoca reflexo no bolso do consumidor

O grupo das hortaliças está mais caro.

O grupo das hortaliças está mais caro. A alta dos preços foi influenciada pela queda na oferta por causa do clima chuvoso do início do ano e também pelo término da produção local. Este fato obriga os comerciantes a trazer mercadorias de outros estados, como São Paulo, por exemplo, que também enfrentou problemas climáticos. Diante das ofertas reduzidas, o preço sobe, e está cadeia já traz reflexos para o bolso do consumidor.

As hortaliças que contribuíram para a alta do preço médio foram a batata lisa, moranga híbrida, inhame, cebola amarela e pimentão. De acordo com o gerente de compras de uma distribuidora de hortaliças de Chapecó, Álvaro de Bortoli, o saco da cebola amarela antes era de R$ 20 e agora, depois do aumento nos valores, o saco chega a atingir o valor de R$ 33.

Se para as distribuidoras o aumento já é grande, nos supermercados apresenta uma elevação maior ainda. Segundo o gerente do setor de compras de um supermercado da cidade, Valdir de Oliveira, a alface que antes custava R$ 1,60 passou a ser comercializada no mercado por R$ 1,80. “O aumento depende do produto. A elevação gira em torno de 10 a 40%”, salienta o gerente.

A população já sente as consequências no bolso. Manuel Chagas reclama. “O quilo do tomate está R$ 2,29, um absurdo”, diz Chagas, lembrando que há algum tempo atrás ele pagava R$ 1,90 o quilo.

Além do preço, a qualidade dos produtos também preocupa os produtores e consumidores. A falta do sol influencia diretamente no crescimento das plantas. Por exemplo, a couve-flor está com tamanho bem abaixo do normal e machucada pela chuva. “Depois, os dias nublados, úmidos e abafados favoreceram o surgimento de fungos e outras doenças que prejudicaram o desenvolvimento das hortaliças”, diz Bortoli.

Segundo ele, as hortaliças são sensíveis, a temperatura ideal é até 26ºC. Para legumes e folhas, foi calculado um dano médio entre 50%, mas alguns produtores perderam 100%.

Para driblar a alta dos preços, os varejistas estão comprando em quantidades menores para economizar e manter a qualidade. De acordo com Oliveira, com o tempo chuvoso as hortaliças ficam mais perecíveis, ou seja, com menor tempo de prateleira. “A couve-flor, a alface e o radicci geralmente duram três dias, mas hoje não aguentam mais do que um dia”, lamenta Oliveira.

Fonte: O Riossulense