Preço dos hortifruti cai, mas não chega ao valor de janeiro

Por Alexandre Padilha

Consumidores bauruenses que passam por mercados, mercearias e supermercados da cidade já começam a notar uma queda nos preços dos artigos de hortifruti, que sofreram considerável aumento no começo do ano em decorrência das fortes chuvas que prejudicaram a produção rural. Com o fornecimento de verduras e legumes quase em seu nível normal, bauruenses passam a conferir mais variedade e qualidade nos alimentos, além de preços menores. Mas os valores podem baixar ainda mais no próximo mês.

De acordo com Antônio Carlos Sanches Ragonezi, gerente da Ceasa de Bauru, os produtos que têm apresentado queda nos preços são as hortaliças, visto que os legumes permanecem com os valores um pouco elevados. “O tomate, por exemplo, está na época da entressafra e permanece caro. Por outro lado, as verduras baixaram consideravelmente seus preços aqui na Ceasa”, afirma ao excluir as frutas dessa lista de variações. “As frutas não sofreram tanto com as chuvas e as que estão na época de colheita apresentam ótimos preços, como abacaxi, melancia, laranja e caqui”.

Entretanto, Dulcenéia de Sousa e Silva, que fazia compras no setor de hortifruti de um supermercado de Bauru anteontem à tarde, disse que ainda está insatisfeita com os preços, mas satisfeita com a qualidade dos produtos. “Está com bastante variedade e as frutas, legumes e verduras estão bem bonitos, mas preço continua alto”, relatou. A opinião de Dulcenéia foi apoiada por outra consumidora, Luciana Ferreira Crespo. “Na terça-feira, quando é realizado o ‘sacolão’, os preços são mais atrativos. Mas, durante os outros dias os valores ainda estão altos. A qualidade, por outro lado, realmente melhorou”, frisou Luciana.

O comprador de hortifruti de uma rede de supermercados de Bauru, Alexandre Fátimo dos Santos, confirmou que o abastecimento de verduras e legumes ainda está prejudicado porque o período de chuvas se estendeu mais que o de costume este ano. “Com isso, demora mais para os produtores conseguirem abastecer as lojas, aumentar a oferta e, consequentemente, diminuir os preços. A tendência é que, assim que os produtores da região começarem a colher toda a sua safra, o preço abaixe ainda mais”, informou ao especular um prazo de aproximadamente 20 dias para uma nova diminuição nos preços de hortaliças.

Por outro lado, ele destaca que os produtos têm apresentado queda em relação às altas registradas no começo do ano. “Folhagens são os segmentos que a gente mais percebe a diferença. Em cerca de 20 dias foram registradas três reduções de preço, apresentando, por exemplo, uma subtração de R$ 1,00 no preço do maço de alface”, afirma Alexandre.

Fernando Cabreira Fernandes, responsável pelo setor de compras de hortifruti de outro supermercado da cidade, também reconhece que a produção rural ainda não está normalizada. “O abastecimento está melhor mas ainda não está normal. Principalmente na área de legumes e verduras. Dá para notar a diferença nos preços, mas os valores ainda não voltaram aos níveis normais”.

Acompanhando o mesmo raciocínio, o gerente de compras de outro empreendimento bauruense, Marcos Renato Lourenção, garante que os produtores estão conseguindo recuperar as perdas impostas pelas chuvas do começo do ano. “O consumidor já pode notar uma redução na casa dos 30% no preço das verduras, mas isso tende a melhorar ainda mais”, assegura.
 
Fonte: Jornal da Cidade