Produção de mudas: cultivando qualidade e resultados nos viveiros

A profissionalização dos viveiros é uma tendência e exigência de mercado, que demanda boas técnicas de produção e atendimento aos aspectos legais vigentes no setor

A formação da muda é uma fase de extrema importância. Uma muda mal formada, debilitada, compromete todo o desenvolvimento da cultura aumentando seu ciclo e, em muitos casos, ocasionando perda da produção. Neste sentido, o diretor suplente do segmento de Mudas de Hortaliças da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Abcsem), Vitor Cicolin, acredita que vale a pena reforçar a importância da maior profissionalização dos viveiros e de boas técnicas aplicadas ao processo, que culminarão em produtos de maior qualidade, alavancando o setor.

“Entendo a profissão de viveirista, como uma especialização e/ou terceirização de uma atividade. O produtor de hortaliças deve se especializar na produção do produto final, terceirizando a produção de mudas para um especialista na atividade que, hoje, em função da legislação vigente, exige acompanhamento de um engenheiro agrônomo que atua como responsável técnico supervisionando e orientando o viveirista no desempenho de sua função”, destaca.

Dicas de cultivo: bandejas de plástico ou isopor?

“A produção de mudas em bandejas, canteiros móveis ou berçário foi uma evolução do sistema tradicional de produção de mudas em raiz nua com a vantagem de manter íntegro o sistema radicular da planta e ainda facilitar e melhorar o pegamento”, explica Cicolin. 

Segundo ele, no que se refere ao material, a bandeja de plástico substitui com vantagens a de isopor, especialmente nos quesitos especificados por ele abaixo:

• Prevenção de doenças – O plástico possibilita uma desinfecção mais fácil e eficiente, evitando assim a propagação de doenças;
• Rendimento/produtividade – O uso da bandeja de plástico evita danos ao sistema radicular no momento de retirar a muda da bandeja;
• Uniformidade/ciclo – Por ser um material não poroso, o plástico evita a competição por nutrientes e água, entre a planta e a bandeja;

Além disso, Vitor destaca que “o plástico tem se tornado uma tendência mundial, por ser um material reciclável e que não absorve nutrientes, nem água, diminuindo o número de irrigações e adubações”. Fato que comprova seus benefícios para o manejo das mudas e também sua contribuição ao desenvolvimento sustentável, minimizando as agressões ao meio-ambiente.

Legalidade atesta qualidade e confiança 
 
A questão da segurança alimentar, principalmente no que se refere à horticultura, tem se tornado uma preocupação cada vez mais presente nos hábitos do consumidor e, consequentemente, demandado ações por parte de toda a cadeia produtiva: das empresas de sementes, passando pelos viveiristas e produtores e chegando até as redes de varejo.

Com o mercado consumidor cada vez mais exigente e competitivo, a legalização é um diferencial no momento da comercialização. Por isso, visando instruir os viveiristas sobre o assunto e incentivar a profissionalização, a Abcsem promoverá em breve mais um evento orientando sobre o preenchimento de formulários e padronização dos procedimentos para normatização e adequação à Lei 10.711, seu Decreto 5.153 e à Instrução Normativa nº 24 de 2005. Vitor Cicolin, que ministrará a palestra sobre a importância do cumprimento das legislações e seus benefícios ao produtor, explica que o objetivo principal é “discorrer sobre a importância e a necessidade do viveirista cumprir a legislação vigente, que premia a função do engenheiro agrônomo, na qualidade de responsável técnico, e indica ao viveirista a observação de práticas agronômicas corretas e a rastreabilidade dos materiais genéticos utilizados”.

Cicolin ainda ressalta que é imprescindível que “todo profissional cumpra as normas de produção que cada vez mais são exigidas, pois o consumidor final está atento à origem dos produtos que consome, bem como à sua rastreabilidade durante todo o processo, visando obter produtos cada vez mais sadios e saborosos”, finaliza.

Para mais informações sobre o assunto, envie e-mail para: abcsem@abcsem.com.br ou ligue para (19) 3243-6472.


*Artigo publicado na edição de
Setembro/Outubro de 2010 da Revista Plasticultura


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