A chuva atrapalhou a safra de cebola de Santa Catarina, estado que lidera a produção brasileira e mesmo com uma oferta menor, o preço não reagiu
As mudas foram plantadas entre julho e agosto. A expectativa era de uma safra excelente, mas o excesso de chuva no período de desenvolvimento dos bulbos afetou a produtividade de cebola na região de Ituporanga, a maior produtora do Estado.
A qualidade da cebola se manteve, mas a quebra na produção foi maior do que a média do Estado. Chegou a 20%. O volume colhido diminuiu de cerca de cem mil para 80 mil toneladas.
Quem cultiva cebola nas partes mais baixas de Ituporanga precisa ter uma rápida comercialização do produto. Isso porque a cebola de ciclo rápido não pode ficar por muito tempo estocada. Já o produtor que cultiva a cebola nas partes mais altas têm uma comercialização escalonada, um pouco maior.
“Pelas características que temos da altitude com temperatura mais amena, a cebola permite uma armazenagem um pouco maior e também a comercialização bem escalonada da nossa produção de cebola da nossa região”, explicou o comerciante Valmir Borsato.
Com isso é possível guardar por até seis meses para colocar o produto na gôndola do supermercado. A saca de 20 quilos da cebola classe dois é comercializada na região de Ituporanga a R$ 7, um valor 30% menor em relação ao mesmo período do ano passado.
O produtor Mário Mess decidiu manter a cebola estocada, aguardando a melhora do preço. “Temos muita mercadoria na região. Estamos aguardando o mercado dar uma esvaziada. Há muita oferta boa aguardando uma melhora de preço”, justificou.
Santa Catarina responde por 30% da safra nacional de cebola.
Fonte: Globo Rural