O trabalho de Marinês Kerber, mestranda do Curso de Agroecologia
A aluna explica que o estudo de caso foi realizado na comunidade rural do Verava, município de Ibiúna, SP, onde agricultores familiares aderiram ao modo de produção de base ecológica, motivados pela necessidade de melhoria das condições de renda.
Além da problemática associada ao contexto econômico e social, fundamental neste tipo de pesquisa, partiu-se da hipótese de que as trajetórias de transição de produtores familiares, e, por conseguinte, os indicadores sociais, são influenciados por diferentes aspectos, tais como: experiência profissional, patrimônio cultural, política pública, tipo de organização social e tipo de inserção em mercados (supermercados, feiras livres), influenciando a qualidade de vida dos agricultores e a justiça social local. Baseado nessa hipótese, explica
Além disso, o que norteou o trabalho foi a mobilização dos agricultores para participarem do projeto, a identificação de suas características sociais e culturais, o entendimento do que são indicadores do ponto de vista dos produtores e como informam sobre as características e potencialidades em um contexto de busca de sustentabilidade e desenvolvimento rural. Também foram criados momentos de discussão para o levantamento de fatores que estivessem influenciando a sustentabilidade da atividade produtiva e da comunidade, de forma positiva ou não, para propor e discutir indicadores que avaliassem a sustentabilidade de acordo com a realidade local, além de analisar os valores sociais associados aos sistemas de produção alternativos e o conteúdo das práticas e técnicas – diversidade de produção, formas de manejo do solo. Também se estudou como as formas de organização em construção podem reduzir as desigualdades sociais e redefinir identidades econômicas e culturais.
Fonte: Embrapa Meio Ambiente