Tomate: pesquisa quer ampliar monitoramento de moscas-brancas e geminivírus

As pesquisas relativas ao projeto Monitoramento de Moscas-Brancas e Geminivírus Associados à Cultura do Tomateiro, aprovado em 2008 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF), vão extrapolar as fronteiras do DF e incluir os estados de Goiás e São Paulo nos trabalhos ora desenvolvidos.

A pesquisadora da Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) e coordenadora do projeto, Alice Nagata, explica os motivos: “Por se limitar à região do DF, as características da ocorrência da mosca-branca e geminivírus ficam restritas, e o projeto corre o risco de perder sua relevância nacional”, assinala a pesquisadora.

Com duração prevista até o final de 2010, o projeto vem sendo objeto de negociações com vistas a assegurar a sua continuidade, com apoio da Secretaria da Agricultura do DF, Ministério da Agricultura, da Pecuária e do Abastecimento, de indústrias de processamento, produtores de mudas, produtores de tomate e órgãos de assistência técnica do DF e Goiás. “Devido à necessidade de estendermos o alcance do monitoramento da infestação da mosca-branca e do geminivírus, e pela importância que isso representa para a cultura do tomate, dois anos não são suficientes para finalizarmos os trabalhos”, registra a pesquisadora.

Em andamento, a pesquisa visa encontrar a relação da presença da mosca-branca e do geminivírus nos tomateiros afetados, e a partir daí elaborar dados técnicos que possam embasar a elaboração de normas específicas para contribuir para a redução dos prejuízos causados pelos geminivírus. Vale destacar que pela sua alta disseminação, a doença provocada pelos geminivírus é considerada a mais importante entre aquelas que são causadas por vírus em tomateiro na atualidade. Os geminivírus constituem o principal problema fisossanitário do tomateiro, considerando a virulência das doenças causadas pelo vírus e a diversidade de espécies detectadas em tomateiros.

Outra questão, também relacionada à cultura do tomate, vem sendo discutida pela pesquisadora. Alice Nagata busca informações a respeito da oferta de produção e da demanda de comercialização do tomate in natura, não processado, no Distrito Federal.”Vamos ter de buscar essas informações junto às grandes redes de supermercados e de varejistas, que poderão nos repassar os dados referentes à compra, venda e origem do tomate”, afirma a pesquisadora. Segundo ela, a iniciativa tem como objetivo suprir a Embrapa Hortaliças de informações sobre a demanda atual pela hortaliça e qual a quantidade que deve ser produzida para atender a região. O papel das redes de comércio de tomate no DF é crucial para se obter dados precisos e a pesquisadora espera contar com o apoio de todos ligados a essa cadeia de produção.

Fonte: Embrapa Hortaliças