Trinta e um países figuram na lista de nações pobres que sofrem de grave insegurança alimentar, alertou nesta terça-feira a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).
Segundo o informe trimestral “Perspectivas de Colheitas e Situação Alimentar” da FAO, divulgados poucos dias antes da Cúpula Mundial sobre Segurança Alientar, que acontecerá em Roma de
Nenhum país da América Latina figura na lista, embora a Argentina, pelas secas em zonas-chave, e a Guatemala, pela situação de insegurança grave em pequenas regiões, tenham sido incluídas na lista de países com cultivos desfavoráveis.
“Os preços dos alimentos nos países pobres permanecem obstinadamente altos, apesar de uma boa colheita mundial de cereais em 2009”, enfatizou a FAO.
“Apesar de os preços internacionais dos alimentos terem caído de forma significativa de seus níveis máximos há uns dois anos, os preços do trigo e do milho subiram em outubro e os do arroz de exportação ainda estão muito acima dos de antes da crise”, afirma a entidade especializada em agricultura.
“Para os mais pobres do mundo, que gastam até 80% de seu orçamento familiar em alimentos, a crise dos preços ainda não acabou”, afirmou o diretor adjunto da FAO, Hafez Ghanem.
A situação mais grave se registra na África devido à seca e aos conflitos que levaram 20 milhões de pessoas a precisar de ajuda alimentar, calcula a agência das Nações Unidas.
“A prioridade mundial agora é aumentar os investimentos na agricultura dos países em desenvolvimento para combater a pobreza e a fomes”, afirma a FAO.
Representantes e chefes de Estado e de Governo de uns cem países assistirao à “Cúpula da Fome”, que pretende alcançar um amplo consenso sobre a redução imediata desse flagelo, assim como impulsionar investimentos públicos e privados no desenvolvimento agrícola dos países pobres.
Fonte: FAO/Último Segundo IG