Vegetais brasileiros ganham projeção em 2009

Por Leilane Alves

Os vegetais brasileiros ganharam reforço contra várias pragas e maior projeção em 2009. Ações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) ajudaram a conter a ocorrência de pragas como a mosca da carambola no Amapá, da sigatoka negra em Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal e a criar normas para o controle do moko-da-bananeira e da traça-da-banana.

A mosca da carambola pode atacar vários tipos de frutas e o Amapá é o único estado do Brasil com evidência do problema. A contenção da mosca, para não se espalhar aos demais estados, é uma medida que permite economia significativa de gastos para os produtores rurais. “A chegada do inseto nas áreas de cultivos comerciais levaria à suspensão imediata das exportações brasileiras, pois colocaria em risco a produção em países importadores”, ressalta o chefe da Divisão de Prevenção, Vigilância e Controle de Pragas da Secretaria de Defesa Agropecuária (DSV/SDA) do Mapa, André Peralta.

Outra conquista do País na área vegetal, também este ano, foi a publicação de instruções normativas com regras, que seguem padrões internacionais, para prevenção e controle do moko-da-bananeira e da traça-da-banana. O Brasil começou a exportar espécies cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga e melancia) produzidas nos municípios de Cristalina e Ipameri/GO e Rinópolis/SP. A sigatoka negra, praga que afeta bananeiras e algumas espécies de helicônias, foi controlada em sete municípios de Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal, com reconhecimento como áreas livres, pelo Ministério da Agricultura.

O Sistema de Mitigação de Risco (SMR) para a mosca sul-americana nas cucurbitáceas é uma iniciativa que apresenta bons resultados. De acordo com André Peralta, a técnica consiste na aplicação de medidas fitossanitárias integradas (pelo menos duas, independentes entre si) para diminuir o risco da disseminação de pragas. “A mosca-das-cucurbitáceas, por exemplo, é monitorada por armadilhas, uma das medidas para manter a população do inseto abaixo de determinado patamar. Adicionalmente, uma amostra representativa dos frutos é cortada, na fiscalização para o embarque, para verificação de sinais ou presença da praga, como larvas”, explica Peralta.

Fonte: Assessoria de Comunicação – MAPA