Assessoria de Imprensa da Saúde
Adequar o acondicionamento, manuseio e comercialização dos produtos hortícolas (frutas e hortaliças in natura, não processadas) em embalagens próprias para a comercialização são medidas que aumentam a proteção, a conservação e a integridade desses alimentos em benefício da saúde da população.
Com base nessa afirmativa, a Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas deu início, nesta semana, ao envio de comunicados técnicos a cerca de 300 estabelecimentos comerciais de Campinas, com a recomendação de que os eles passem a utilizar recipientes plásticos em vez das caixas de madeira.
No comunicado, a Visa reforça a legislação que proíbe a entrada de caixas de madeira em área de armazenamento e nas cozinhas dos estabelecimentos de alimentos seguindo a Portaria CVS 6/1999, que estabelece critérios de higiene e boas práticas operacionais para todas as empresas que produzem, industrializam, fracionem, armazenam ou transportem alimentos, publicada pelo Centro de Vigilância Sanitária da Secretaria de Estado da Saúde.
Conforme explica a coordenadora de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas, Elen Fagundes Costa Telli, o trabalho está sendo feito pelas equipes técnicas, em etapas, onde inicialmente receberão o comunicado os hipermercados, supermercados e mercados em todos os bairros de Campinas.
“Essa relação será ampliada nas etapas posteriores, com a inclusão de outros tipos de estabelecimentos. A meta é fazer com todos cumpram essa determinação, em benefício da população que passará a consumir alimentos mais saudáveis”, explica Elen.
A coordenadora informa que, apesar da proibição, as caixas de madeira ainda podem ser vistas no acondicionamento de hortícolas em alguns mercados. Segundo ela, o uso de caixas de madeira para acondicionar e transportar frutas e hortaliças pode ser uma fonte de contaminação por insetos como baratas, aranhas, escorpião e roedores, além de outros
materiais vindos do campo como galhos, terra etc.
Elen argumenta que, além da facilidade na higienização, o uso da caixa plástica tem como vantagem a redução da perda no transporte de frutas e hortaliças por causar menos traumas aos produtos, além de proteger a saúde dos trabalhadores, pois é comum ocorrer acidentes com pregos e farpas das caixas de madeira. “Além disso – conclui a coordenadora – como o peso da embalagem plástica é menor que o da embalagem de madeira, o risco
ergonômico é reduzido”.
A engenheira de alimentos da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) de Campinas, Tereza Cristina de Almeida, faz questão de destacar que uma alimentação saudável deve atender tanto ao aspecto nutricional como higiênico-sanitário. “Isso quer dizer – reitera a engenheira – que uma alimentação saudável não deve provocar nenhum mal estar, intoxicação ou toxinfeccão alimentar no consumidor, daí a importância do acondicionamento correto desses produtos”.
Conforme Teresa, oferecer essa segurança ao consumidor só é possível com a implantação de boas práticas de manipulação nos chamados serviços de alimentação, como cantinas, bufês, confeitarias, cozinhas industriais, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias, entre outros.
Fonte: Departamento de Comunicação – Prefeitura Municipal de Campinas