O evento propiciou um fórum de discussões sobre a questão fitossanitária, importante tema voltado ao comércio internacional de sementes e mudas, que conta com forte atuação da associação
Há uma nova tendência mundial de comércio de sementes, como por exemplo: aumento do volume do comércio internacional, múltiplos destinos e as reexportações, identificando-os como o novo “paradigma para o comércio internacional”. Este foi o consenso geral que emergiu da 2ª. edição do Workshop de Fitossanidade que foi realizada em setembro, em Montevidéu, no Uruguai, promovido pela Seed American Association – SAA (Associação de Sementes das Américas). “Chegou-se à conclusão de que tanto o governo, quanto a indústria têm o dever de enfrentar este desafio, atuando de forma intensa e conjunta, para viabilizar bons resultados para o setor”, afirma Carlos Shogi Kishimoto, diretor executivo do segmento de Sementes da Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Abcsem), que representou a associação na ocasião. “Este é um evento extremamente importante, pois viabiliza a discussão de questões referentes à fitossanidade que afetam diretamente o comércio de sementes e mudas entre os países pertencentes ao continente americano. Por isso a Abcsem marcou presença no evento, que contribuirá bastante para fortalecer ainda mais nossa atuação nesta área”, destaca Kishimoto.
Participaram do workshop as associações nacionais dos países membros da SAA bem como empresas comerciantes de sementes; também órgãos governamentais nacionais relacionados ao departamento de sanidade vegetal dos países participantes, como por exemplo, a Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem), representando o Brasil; além de importantes órgãos regionais, como o Comitê de Sanidade Vegetal do Cone Sul (COSAVE) e Organização Norte Americana de Proteção Vegetal (NAPPO).
Segundo documento divulgado pela própria SAA, durante o workshop 27 oradores discutiram importantes pontos de vista relacionados ao comércio de sementes e às regulamentações fitossanitárias que podem afetá-lo. Confira abaixo os temas abordados:
- Problemas fitossanitários mais comuns encontrados
- Requisitos fitossanitários para importação
- Lista de Pragas: dados da Rede Global de Defesa Fitossanitária
- Valor potencial da lista de pragas para solucionar problemas fitossanitários
- Normas Internacionais de Sementes
- Atividades da Convenção Internacional para a Proteção de Vegetais
- Análise de Risco de Pragas (ARP)
- Acordos bilaterais
- Nova abordagem para a reexportação de sementes
Após as apresentações de painéis, de um lado o público e de outro o privado, realizaram reuniões separadas onde discutiram ações comuns e propostas com o objetivo de responder à nova situação. E, posteriormente, em sessão plenária, todos os resultados obtidos nas duas reuniões foram apresentados a fim de estabelecer novas estratégias e soluções para resolver os entraves do setor.
Para evitar a introdução e disseminação de pragas nos países membros da Associação de Sementes das Américas, a promoção de medidas fitossanitárias deve facilitar a circulação internacional de sementes, já que esta é uma preocupação comum e de responsabilidade de ambos os setores: público e privado.
Carlos Kishimoto ressalta ainda que “em relação a outros países da América do Sul, o Brasil está em boas condições de atuação, mas possui como característica ser extremamente burocrático no quesito sanidade vegetal, especialmente quando comparado ao Chile”. Ele lembra ainda que o Brasil possui algumas peculiaridades no que se refere à grande extensão territorial e também às suas características climáticas, que devem ser bem analisadas principalmente quando se trata do tema fitossanidade na importação e exportação de sementes e mudas.
ArtCom Assessoria de Comunicação
Contatos: (19) 3237-2099
Isabella Monteiro – isabella@artcomassessoria.com.br
Marlene Simarelli – marlene@artcomassessoria.com.br
Daniela Mattiaso – daniela@artcomassessoria.com.br