Hidroponia é uma técnica de cultivo de plantas sem uso de solo. As raízes recebem uma solução nutritiva balanceada composta de água e todos os nutrientes essenciais ao desenvolvimento da planta. As raízes podem estar suspensas em meio liquido ou apoiadas em substrato inerte (como por exemplo areia lavada). A técnica tem sido muito utilizada em vários municípios mato-grossenses.
Em Nova Mutum, o produtor Ademir Luiz Triches, adotou a hidroponia e garante que houve aumento de produção e melhora na qualidade dos produtos. Tem uma estufa de 1.600 metros quadrados, com 30 bancadas onde colhe cerca de 350 unidade/dia de sete tipos de hortaliças. O investimento foi de R$ 85 mil e a expectativa do agricultor é que o retorno ocorra dentro de um ano. A receita dele é de R$ 18 mil por mês e a despesa R$ 9 mil, restando um lucro líquido de R$ 9 mil. “Estamos montando mais cinco bancadas e vamos aumentar a colheita em mil unidades de folhosas por dia”.
Segundo ele, a produção no solo é muito incerta e depende de vários fatores como clima, além de exigir rigoroso controle de pragas e doenças. “Na hidroponia, até o ciclo de desenvolvimento é menor, cerca de 45 dias, enquanto no solo leva em média 60 dias.
O biólogo e pesquisador da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Nesvaldo Bento de Oliveira, ressalta que produção de hortaliças está passando por transformações. “Os produtores buscam rentabilidade e competitividade”. Segundo o técnico, a hidroponia é um investimento rentável e o retorno do capital investido é rápido.
O pesquisador alerta aos olericultores do Estado que é fundamental buscar tecnologia para baixar custos e melhorar a qualidade da produção. O cultivo de plantas por hidroponia, além de representar um avanço tecnológico muito usado por grandes produtores, pode ser implantado também em pequenas propriedades como sítios, chácaras e até em terrenos urbanos”.
Fonte: A Gazeta