Morreu nesta sexta-feira, (19 de março de 2010), aos 83 anos, Plínio Oscar Werner, fundador da Isla Sementes. Plínio tinha câncer, diagnosticado há cerca de dez meses. O enterro vai ocorrer na manhã deste sábado (20 de março) no cemitério São Miguel e Almas.
Plínio nasceu em Montenegro (RS), em 1926. Aos 17 anos, mudou-se para Porto Alegre, onde começou a trabalhar como funcionário em uma banca do mercado livre da capital gaúcha, que ficava no centro da cidade, próximo ao atual mercado público. Alguns anos depois, conseguiu adquirir uma banca e passou a vender frutas e mudas de árvores frutíferas. Nas conversas com os agricultores que forneciam seus produtos para a banca, Plínio percebeu que havia uma grande demanda por sementes de hortaliças. Finalmente, em 1955, Plínio e a esposa, Dulce Lea Spalding, já falecida, fundaram a Isla Sementes.
Nos primeiros anos, a empresa atuava apenas como importadora e revendedora. Mas o projeto de produzir as sementes aqui mesmo no Brasil logo foi sendo colocado em prática. No início dos anos 1960, Plínio e Dulce iniciaram o cultivo em duas pequenas áreas em Guaíba e Barra do Ribeiro. Na década de 1970, a empresa expandiu a produção com a aquisição de uma área maior em Candiota. A Isla é hoje uma das mais conhecidas e respeitadas empresas de sementes de hortaliças, flores, temperos e ervas medicinais do Brasil.
Pioneirismo – Plínio Oscar Werner foi um pioneiro do setor de sementes de hortaliças no Brasil. Além de fundar a primeira empresa nacional do setor – antes só existiam empresas estrangeiras -, também foi responsável pela introdução de algumas inovações. Entre elas, a primeira câmara desumidificada do país, que propiciava armazenar as sementes por mais tempo, uma máquina para envelopamento de sementes de hortaliças e o uso de envelopes herméticos.
Ao se aposentar da presidência da Isla, Plínio passou o cargo para o filho Luciano Spalding Werner, já falecido. Atualmente, a Isla é dirigida pela neta de Plínio, Diana Werner.
Fonte: Assesso D Comunicação