Crianças que não comem frutas e vegetais têm 13 vezes mais chances de sofrer prisão de ventre

Pouca ingestão de líquidos também influencia no problema

Um estudo realizado em Cingapura e Hong Kong, na Ásia, mostrou que não comer frutas nem vegetais faz as crianças terem 13 vezes mais chances de sofrer com constipação. Além disso, aquelas que bebem menos 400 ml de líquido por dia têm um risco ainda maior.

A constipação intestinal, também chamada de obstipação intestinal, é a conhecida prisão de ventre. Esse distúrbio consiste na retenção de fezes, que faz com que a pessoa evacue com uma frequência menor que a normal. Na maior parte dos casos, a constipação ocorre por causa de desidratação ou uma dieta pobre em fibras.

Os pesquisadores, da Universidade Nacional de Cingapura e da Universidade Politécnica de Hong Kong, avaliaram a dieta e os hábitos fisiológicos de 383 estudantes do ensino fundamental com idades entre oito e dez anos.

De acordo com o médico Moon Fai Chan, um dos autores do estudo, a constipação pode causar sérias consequências, desde problemas físicos a emocionais, como estresse, até dificuldades na escola, como baixa auto-confiança e piores interações sociais.

– Muitos estudos têm mostrado que a constipação está piorando em crianças com idade escolar.

O estudo descobriu ainda que as crianças que tomavam entre 200 ml e 400 ml de líquidos diariamente apresentaram oito vezes mais chances de sofrer o problema do que as que bebiam entre 600 ml e 800 ml, e 14 vezes mais do que aquelas que ingeriam ao menos um litro.

Além disso, nove a cada dez crianças evitavam os banheiros das escolas quando tinham problemas intestinais – o percentual foi o mesmo para quem tinha ou não constipação. As principais reclamações eram a higiene e a falta de papel higiênico.

Para solucionar ou minimizar esses problemas, Chan sugere que as escolas ofereçam às crianças aulas de educação de saúde para alertar sobre o problema. Além disso, ele afirma que os pais também precisam ser alertados sobre a constipação intestinal pra influenciar na alimentação das crianças.

Fonte: Portal R7