Flores da Serra: Longevidade no pós-colheita da Fotinia

(Flor de Fotinia)

Por Roseane Ribeiro Sobânia   

A longevidade / durabilidade das hastes para arranjos florais é fundamental para a sua comercialização. A Estação Experimental – Epagri São Joaquim, por meio dos engenheiros Eduardo Costa Nunes e Marlise Nara Ciotta, analisaram, entre outras plantas, a longevidade da Photinia Fraseri, ou mais conhecida como Fotinia.  O projeto, desenvolvido pela Epagri, foi realizado apenas em sua fase inicial, mas os resultados obtidos mostraram o potencial a ser explorado na Serra Catarinense com relação a flores e plantas ornamentais.

No caso específico da Fotinia, as hastes foram imersas em soluções aquosas de sacarose para se avaliar por quanto tempo a planta se mantém bonita e apta para comercialização.

Fotinia



Os resultados foram melhores do que os esperados, pois quando colocada em câmara fria, as hastes se mantiveram bonitas e saudáveis até 61 dias e em temperatura ambiente 38 dias. “Os dados demonstraram o potencial de conservação da espécie no pós-colheita, uma vez que a longevidade é muito superior à maioria das plantas cultivadas para corte”, afirma a engenheira Marlise.

Outro ponto destacado na pesquisa é a conservação de um grande número de hastes para utilização em determinados períodos do ano. “É possível armazenar um grande volume de hastes, visando à venda estratégica em datas específicas e viabilizando o transporte a longas distâncias”, pontua a pesquisadora.

A Fotinia parece uma planta coberta de flores vermelhas quando é observada de longe, mas de perto é possível perceber que as folhas novas que nascem nas pontas dos galhos da planta surgem vermelhas. Depois, com o tempo e o amadurecimento, elas se tornam verdes.

Fonte: Portal Serra SC