Agrohomeopatia: alternativa econômica para o tomateiro orgânico

Experimentos revelam bons resusltados com técnicas de adubação verde e aplicação de substâncias homeopáticas

O estudo de adubos verdes e homeopatia na produção de alimentos orgânicos, desenvolvido na Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), tem obtido um desempenho bastante satisfatório com tomate e alface. Coordenado pelo pesquisador Edmilson José Ambrosano, o projeto visa atender principalmente à grande demanda pelo tomateiro cultivado organicamente. A indisponibilidade de cultivares adaptadas e o difícil controle de doenças nesse sistema dificultam o estabelecimento da cultura.

Nós estamos no primeiro ano de pesquisas e já percebemos que a adubação verde tem contribuído efetivamente para o fornecimento de nitrogênio às plantas, que têm se mostrado mais vigorosas e produtivas. A competição não tem sido um entrave à aplicação da tecnologia. Com a “agrohomeopatia”, conseguimos diminuir o ataque de pragas. E esperamos confirmar os resultados nesse segundo ano — revela Fabricio Rossi, engenheiro agrônomo e bolsista integrante da equipe de pesquisas.

Dispensando os adubos químicos e preservando o meio ambiente dos resíduos tóxicos, essas tecnologias beneficiam não só o produtor rural, como também o consumidor e a sociedade em geral. As técnicas homeopáticas também são de fácil utilização e baixo custo frente aos defensivos agrícolas. À medida que os próprios agricultores são capazes de produzir os preparados para irrigação e pulverização, a alternativa também significa independência para uma colheita limpa e de alto valor agregado.

Implementados em propriedades particulares e no pólo regional centro sul, em Piracicaba, os experimentos contemplam adubação verde consorciada com o tomateiro e também como cobertura de solo. Esses trabalhos instalados a campo e em estufas favorecem o crescimento dos vegetais e inibem o surgimento de ervas daninhas. Segundo Rossi, a participação direta dos produtores locais é fundamental para o sucesso da experiência.

Fonte: APTA