Por Gabriel Miranda – Redação Saúde Plena
Geralmente, a alimentação aliada à estética está relacionada com o emagrecimento. Hoje, com os avanços na área da nutrição, podemos aliar uma conduta nutricional a diversos agravos estéticos, como acnes, celulite, envelhecimento, flacidez e sobrepeso, entre outros.
Abaixo, explicaremos rapidamente as principais desordens estéticas que mais preocupam as mulheres e indicar os alimentos mais propícios para cada caso.
– Acne: Trata-se de uma afecção que ocorre no interior da pele, devido ao aumento da produção sebácea, geralmente associada à puberdade e ao desequilíbrio hormonal comum nessa fase e que atinge cerca de 80% dos adolescentes. Entretanto é comum encontrar adultos, principalmente mulheres, que ainda tenham problemas com espinhas e cravos. No caso das espinhas, ocorre um processo inflamatório no local, devido à ação bacteriana. Associa-se também o desequilíbrio da saúde intestinal, decorrente de má alimentação, com o surgimento de acnes.
– Celulite: Assim como a acne, também ocorre no interior da pele e provoca uma inflação no local devido à alteração circulação sanguínea e linfática com consequente mudança na estrutura do tecido adiposo (tecido formado pelas células que armazenam a gordura), surgindo então o famoso aspecto de “casca de laranja”. Além de problemas circulatórios, podem ser considerados fatores de risco, para o surgimento da celulite, o sedentarismo, as alterações hormonais, o cigarro, o álcool, o estresse, a alimentação inadequada e a genética.
– Envelhecimento: O envelhecimento é um processo natural e irreversível. No entanto, alguns fatores podem fazer com que esse processo ocorra mais rapidamente. É o que chamamos de envelhecimento precoce. Dentre os fatores que podem acelerar o envelhecimento, estão a genética, os radicais livres, a imunidade, a poluição, a temperatura, a radiação solar, a alimentação e a tensão emocional.
– Flacidez: É decorrente de atrofia de tecido, que fica com aspecto frouxo e afeta individualmente pele ou músculos. Pode ser consequência do envelhecimento, em que há perda gradativa de massa muscular esquelética, substituída por tecido adiposo (gordura), dentre outras alterações. O sedentarismo é apontado como o maior vilão no surgimento da flacidez, assim como o emagrecimento muito rápido, pois os músculos podem ser utilizados como fonte de energia, na ausência de carboidratos e gorduras.
Tratamento nutricional
Em primeiro lugar, temos que nos assegurar que a absorção dos nutrientes necessários ocorra efetivamente. É extremamente importante que o intestino esteja em pleno funcionamento. Para isso, devem-se incluir, na alimentação, cereais integrais (farelo de aveia, gérmen de trigo e arroz integral, por exemplo), frutas, verduras e legumes variados, além de um grande consumo de água e sucos. Em alguns casos, pode ser necessário um tratamento específico para restabelecer a flora microbiana intestinal. Todavia é necessário orientação de um nutricionista.
Quando falamos em tratamento estético, devemos partir do princípio de uma alimentação antiinflamatória, uma vez que a alimentação habitual (carnes gordas, leite integral, alimentos refinados, doces, bebidas alcoólicas, embutidos e enlatados) é pró-inflamatória, ou seja, favorece o aparecimento da inflamação. Vale lembrar que a inflamação contínua (crônica) pode causar alterações celulares e contribuir para o surgimento de algumas doenças.
Existe uma grande variedade de alimentos que podem ser incorporados ao hábito alimentar, para que haja o benefício não só antiinflamatório, mas também antioxidante. Os principais são:
– Peixes: os peixes são fontes de proteínas leves e, apenas por isso, já deveriam ser mais utilizados na alimentação habitual, desde que em preparações adequadas (grelhados, e ensopado com legumes, por exemplo). No caso dos peixes de água salgada e profunda (salmão, atum, arenque sardinha, entre outros), podemos aproveitar a grande quantidade de ômega-3 que eles possuem;
– Hortaliças: as hortaliças são fontes indispensáveis de muitas vitaminas, minerais e fibras. Os folhosos de cor verde-escuro são riquíssimos em nutrientes que combatem a inflamação e os radicais livres. Hortaliças de cor alaranjada são fontes de betacaroteno, um excelente antioxidante. O ideal é que se faça um rodízio das hortaliças, para que se consiga uma maior quantidade de nutrientes;
– Frutas: assim como as hortaliças, é importante que haja uma variação constante das frutas consumidas. Frutas cítricas são fontes de vitamina C, que atua como antioxidante. Frutas vermelhas, além da ação antioxidante, atuam também contra a inflamação;
– Castanhas: as castanhas de caju, castanha-do-pará, amêndoas e nozes são alimentos ricos em selênio, que atua como antioxidante, além de possuírem boas gorduras;
– Sementes/Integrais: a linhaça, assim como os peixes de água salgada e profundas, é rica em ômega-3. Gergelim é possui grande quantidade de cálcio e fósforo, além de gordura de boa qualidade. O gérmen de trigo tem ação protetora contra a poluição. Quinua é excelente fonte de proteínas e gorduras boas e tem grande quantidade de vitaminas, fibras e minerais.
Fonte: Site Saúde Plena