A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), por meio de seu Departamento de Sementes Mudas e Matrizes (DSMM), já detém a tecnologia para produção de mudas micropropagadas de diversas espécies comerciais, que estão sendo produzidas no Laboratório de Biotecnologia, instalado no Núcleo de Produção de Mudas de Tietê.
Dentre elas estão matrizes e mudas de morangueiro. A técnica de cultura in vitro de tecidos traz a vantagem de ser livre de patógenos, permitindo a produção em massa em qualquer época do ano e num pequeno espaço, apresentando uniformidade e vigor, por ser oriunda de plantas com alto potencial produtivo.
No início de 2010 foram entregues à Associação de Produtores de Morango e Hortifrutigranjeiros, de Atibaia, Jarinu e Região três mil matrizes de morangueiro como parte de um projeto-piloto. Desde então, os engenheiros agrônomos Anderson Tatsuo Watanabe e José Braga Semis, das casas da agricultura de Atibaia e Jarinu, respectivamente, têm acompanhado o desenvolvimento das matrizes junto aos viveiristas.
O trabalho conjunto do DSMM e das casas da agricultura, em seu monitoramento das matrizes de morangueiro, está colhendo os primeiros frutos. De acordo com Watanabe, os viveiristas que empregaram as técnicas de cultivo em ambiente protegido obtiveram os melhores resultados, sendo que as matrizes responderam com produção próxima à das matrizes importadas do Chile.
O engenheiro agrônomo Rafael Baêta Neves, do DSMM, diz que os resultados obtidos até agora são positivos. Um exemplo é o viveiro de Mário Inui, que conseguiu obter três mil mudas a partir de 128 matrizes, mesmo estando fora de época. Já no Viveiro de Mudas Irmãos Baptistella se conseguiu a produção de 10.520 mudas a partir de 512 matrizes. “Mesmo as nossas matrizes tendo chegado um pouco tarde, sob um sistema intensivo de produção de mudas, elas responderam positivamente”, afirma Neves.
“Matrizes de qualidade, que irão gerar mudas de qualidade, são o alicerce da produção. A satisfação desses viveiristas mostra que estamos no caminho certo. Com trabalho e dedicação esperamos fazer prosperar essa parceria, fortalecendo a cadeia produtiva e contribuindo para a permanência da cultura na região,” diz Semis.
O DSMM também já detém a tecnologia para produção de mudas micropropagadas de outras espécies comerciais, como abacaxi, mandioca e banana. Esses avanços são resultado de melhorias da ordem de R$ 250 mil nos últimos dois anos feitas pelo Governo do Estado, via Secretaria de Agricultura, somente na Unidade de Biotecnologia. A iniciativa nasceu de uma solicitação do setor produtivo, que reclamava matrizes de morangueiro de alta qualidade genética e sanitária.
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Fonte: Portal Agrosoft