Consumidores afirmam que gastos com a feira dobraram. Dificuldade nocultivo e no transporte dos produtos causou aumento.
Por Gisa Prazeres
Os preços de hortaliças e verduras estão comprometendo a renda mensal do amazonense. De acordo com feirantes, o encarecimento e a má qualidade de alguns produtos são decorrentes da escassez, devido à seca do Rio Negro e das altas temperaturas no Estado. Os consumidores afirmaram que os gastos com a feira dobraram.
O feirante Antonio Jorge, 42, disse que os preços do cheiro-verde, cebolinha e alface chegaram a triplicar, devido à escassez. “A temperatura está muito alta e a planta não vinga. Para completar, o rio está seco e quando as hortaliças chegam a Manaus, já estão murchas”, afirmou.
O também feirante Sandro Silva de Souza, 33, contou que antes do período de estiagem a encomenda de tomates, que vêm de São Paulo, demorava de oito a dez dias para chegar ao Porto do Ceasa, zona leste, e atualmente demora mais de 15 dias. “Compramos mil volumes de tomate, mas como estão demorando a chegar, porque o rio está seco, estragam mais de cem volumes”.
O motorista de frete Amarildo Miranda, 44, afirmou que outro fator que contribui para o encarecimento de hortaliças e verduras é que no período de estiagem o carregador, que leva os produtos do barco à feira, também cobra mais caro. “O acesso até o barco fica mais longo e dificulta o transporte do carregamento”.
A dona de casa Luciana Sampaio, 64, disse que antes gastava entre R$ 50 a R$ 60, por semana, para fazer a feira. Agora, gasta de R$ 100 a R$ 120. “Isso é porque eu ainda pesquiso bem antes de comprar. Mas, está tudo mais caro. O quilo do limão custa R$ 4. O quilo do maxixe, que antes custava R$ 2, está R$ 5”.
A agricultora Rosimeire Ferreira, 52, também dobrou o valor gasto com a feira. “Há um mês, o quilo do pepino era R$ 0,50, hoje custa R$ 3. Está muito caro”.
Fonte: Portal D24am