Flores conquistam classe C

Feira de flores na Ceagesp, na Capital, principal fornecedor do item cujas vendas crescem (Crédito: Agliberto Lima/ DC)

Mesmo não sendo produtos de primeira necessidade, flores e plantas ornamentais fazem parte de um segmento que está em expansão e que deve crescer 15% neste ano.  

O consumidor mais atento pode observar que, entre as gôndolas de hortifrutigranjeiros nos supermercados, estão cada vez mais presentes vasos de violetas, orquídeas, crisântemos, gérberas, rosas, lírios e antúrios, só para ficar nas flores mais populares. Mesmo não sendo produtos de primeira necessidade, flores e plantas ornamentais fazem parte de um segmento que está em expansão e que deve crescer 15% neste ano.

A projeção foi apresentada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), Kees Schoenmaker. Ele aposta em um faturamento próximo de R$ 4 bilhões em 2010 e acredita em crescimento constante, pelo menos, nos próximos três ou quatro anos.

Segundo ele, essa evolução tem ocorrido graças ao aquecimento do mercado interno com “a migração das classes D e E para a classe C” e exportações menos vantajosas diante da valorização do real. Para fora do País, de acordo com ele, têm seguido mais bulbos e mudas.

“Antes, as pessoas compravam flores em épocas especiais para presentear. Atualmente,  nós notamos que elas estão levando os itens para consumo próprio.” O executivo também atribuiu o bom desempenho do segmento aos investimentos tecnológicos no desenvolvimento de novas variedades, nos ganhos de produtividade e na expansão da área de paisagismo.

Ele afirmou que houve avanço nas pesquisas genéticas, com adaptações de espécies às condições climáticas do País, e nos processos de armazenagem e transporte.

No entanto, o empresário lamentou a carência de mão de obra, principalmente na região de Holambra (SP), a cidade das flores. O município concentra a maior feira de negócios do setor na América Latina, a Expoflora, aberta no último dia 2 e que prossegue até o dia 26, reunindo 200 produtores responsáveis por 30% do comércio brasileiro de flores e plantas e por 80% das exportações nacionais.

Fonte: Jornal Diário do Comércio