Fruticultores acreditam que mercado consumidor estará mais animado após crise financeira internacional, que proporcionou queda de 13.8% em 2009
Por Marília Rocha
A fruticultura do Rio Grande do Norte deve voltar a ser destaque na pauta de exportação com a retomada da venda de frutas para os mercados europeus e norte-americanos. Pelo menos essa foi a perspectiva lançada pelos empresários potiguares durante o lançamento da Expofruit na última semana em Mossoró. O evento, conhecido por ser o maior pela atração de grandes empresas internacionais, deverá garantir a compra da safra deste ano.
Para os empresários, o setor da fruticultura no Estado deve ter boas notícias em 2010, com destaque para medidas de controle dos estragos das chuvas e ainda boa comercialização com os mercado internacionais. Para o presidente do Comitê de Fitossanidade do Rio Grande do Norte (COEX), Wilson Galdino, 2010 será um bom ano para as frutas. “Estamos apostando que este ano será um ano mais positivo, com a retomada do consumo pelos europeus e com uma maior procura dos mercados internacionais”, destaca.
A Expofruit acontece de 9 a 11 de junho no espaço de exposição Expocenter, em Mossoró. A novidade deste ano é a expectativa de comercilização, já que antes mesmo do lançamento já foram comercializados 60% dos estandes. “A Expofruit já foi bem recebida pelas grandes empresas compradoras, falta agora apenas negociar a produção”, destaca o presidente da Coex. O evento terá programação voltada para seminários e encontros de empresários, através de rodadas de negócios.
A produção de frutas no Rio Grande do norte também foi modificada com a introdução de novos métodos de tecnologia avançada e plantio modernizado. As novas empresas multinacionais e a troca de informações com estados do Nordeste também motivaram as melhorias na produção de melão e de mamão e devem conquistar novos paladares.
Mesmo com toda a qualidade nas frutas, durante o período de crise financeira internacional, o setor teve seu quadro de comercialização prejudicado e direcionou a venda da safra para o mercado interno, com 20%. Os outros 80% da produção foram vendidos para o mercado externo num valor inferior ao praticado anteriormente.
Para este ano, Galdino acredita poder recuperar a queda de 13,8% nas exportações de frutas, destacando a qualidade do melão. “O setor potiguar de frutas está animado pelas melhorias das frutas e a volta ao patamar de exportação”, frisa.
A exportação de melão é responsável pela liderança na pauta de exportação, revezando o espaço com a castanha de caju, produtos do agronegócio.
Reestruturação do setor
O setor de fruticultura tem um futuro em destaque, com a introdução de novas empresas. O novo proprietário da Nolem, o diretor Luiz Roberto prospecta o início da produção nos mais de três mil hectares que, juntamente com os 15 mil hectares em atividade na empresa Agrícola Famosa, deve ampliar a participação da fruticultura potiguar no mercado europeu, norte-americano e brasileiro.
“Vamos aumentar nossa produção para abastecer o mercado internacional, mas também o local. Hoje em dia, o padrão de consumo dos brasileiros cresceu muito e eles estão cada dia mais exigentes na escolha dos produtos tipo A”, contextualiza.
Na fase positiva de produção, a Nolem chegou a participar com 60% da produção nacional, podendo chegar a um percentual bem mais alto com a nova estrutura.
Fonte: Portal nominuto.com