Programa de financiamento para agricultura familiar é transformado em política pública, afirma Guilherme Cassel
O programa “Mais Alimentos” será perenizado, anunicou o ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, na abertura da Agrishow (Feira Internacional da Tecnologia Agrícola em Ação) em Ribeirão Preto.
O programa foi criado em 2008, por um ano, como medida para ajudar a agricultura familiar, fornencendo crédito a pequenos e micro produtores de até R$ 100 mil por família, com juros anuais de 2%, com até 10 anos para pagar e três anos de carência. Em 2009, o programa foi renovado por mais um ano e foi uma das grandes vedetes da Agrishow e ajudou a movimentar os negócios da feira, prejudicados pela ausência das grandes montadoras de máquinas e equipamentos.
Em um ano e meio, o Mais Alimentos fechou 60 mil contratos para a aquisição de máquinas e equipamentos – 25 mil só para a compra de tratores – e foi responsável pelo faturamento de R$ 3 bilhões do setor.
Segundo o Ministro, o programa ainda deverá ter melhorias anunciadas em breve, como elevação do crédito e outras modalidades de acesso. O volume de crédito, atualmente em R$ 15 bilhões, também deverá ser ampliado. “Tem sobrado(recursos) e acho que é bom sobrar. Na agricultura não pode trabalhar por soluços, a gente trabalha como método a sobra de recursos sempre”, afirmou.
Feirão
O Mais Alimentos está presente na Agrishow com um estande de 1,8 mil m2 no qual disponibiliza um “feirão” com a exposição de máquinas e equipamentos que se enquadram no programa.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário espera receber 3 mil agricultores familiares vindos do interior de São Paulo e Minas Gerais durante os cinco dias de feira.
Para o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Celso Casale, a agricultura familiar deve ganhar cada vez mais espaço nos grande eventos do setor e as expectativas de negócios para esse segmento são boas. “O Mais Alimentos tem alavancado as vendas para o pequeno agricultor e contribuído muito para o aquecimento do setor pós-crise econômica”, afirmou.
Fonte: EPTV e Jornal Folha de Londrina