Mercado – o consumidor de frutas, legumes e verduras

Por Juliana Manco, Analista de Marketing

Os produtores de frutas, legumes e verduras (FLV) têm alguns fatos a comemorar. Genericamente, eles se beneficiam da nova mentalidade que tem, na adoção de uma vida saudável, o seu maior ícone. E, em se falando de vida saudável, a mudança de dieta ocupa lugar de destaque: a ordem é trocar açúcares e carboidratos por frutas, legumes e verduras.

Segundo dados de 2003 da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), o brasileiro consome 47 quilos de hortaliças per capita por ano, incluindo o feijão. Desse total, 18 quilos são de tomate, uma parcela significativa, ainda que estejam incluídos os tomates industrializados, consumidos, por exemplo, em forma de molho. Ainda há muito espaço para aumentar o consumo já que a recomendação da FAO é de 143Kg de hortaliças/per capita por ano.

Quando se fala em preocupação com a saúde não podemos esquecer os resíduos de agrotóxicos. Todos os anos a Anvisa divulga os resultados de suas análises e as hortaliças passam de amigas da saúde para vilãs. Assim, produzir de maneira correta e cuidadosa com os resíduos de agrotóxicos significa atender os requisitos de preocupação com a saúde do consumidor em concordância com a legislação.

Outro fator determinante para o consumidor é a qualidade do produto. Frescor, aparência e sabor são fatores de decisão de compra, que podem até mesmo fazer com que a seção de Frutas, Legumes e Verduras seja determinante na escolha entre supermercados, sacolões e feiras. E, quanto maior o poder aquisitivo do consumidor, mais exigente ele será quanto à qualidade. Segundo a APAS (Associação Paulista de Supermercados), nas classes A e B, 70% dos consumidores de FLV não estão satisfeitos com a qualidade do produto no setor de FLV. Já entre as classes C e D, o nível de satisfação é maior, porém esses são clientes mais focados em preço.

Hoje, 12% da população brasileira vive em lares com somente uma pessoa e 47% das mulheres em idade economicamente ativa estão no mercado de trabalho, com menos tempo (PNAD 2008). Somado ao fato de que as famílias são cada vez menores, a conveniência passa ser outro ponto a favor. Assim, os produtos minimamente processados ou pré lavados, além de embalagens em porções individuais ou para 2 pessoas terão cada vez mais espaço entre os consumidores.

Atender as exigências dos consumidores quanto à qualidade, segurança alimentar e conveniência é determinante para quem quer ter sucesso no setor.

Fonte: Semear Institucional Seminis