Consumidores adeptos a verduras e legumes já devem ter percebido que nos últimos dias os preços aumentaram consideravelmente. O excesso de chuvas de verão em algumas regiões do País prejudicou as culturas e fez com que as frutarias, supermercados e feiras repassassem a alta do preço para o consumidor.
Rosângela Buza, gerente da frutaria Caxias do Sul, explica que para driblar a alta do preço tem que fazer muita pesquisa. Como a maioria dos produtos vem de outros estados, ela contata diferentes fornecedores. “A região Sul é a que está comercializando em valores mais em conta”, disse, ressaltando que a Grande São Paulo pratica, no momento, os preços mais caros.
Para se ter uma ideia, segundo ela, a caixa do chuchu e do tomate teve um aumento de até 60% nos últimos dias. “Esses dois produtos são os mais vilões nessa época do ano”, diz a gerente. “Mesmo com a alta, quem é adepto a frutas e legumes paga um pouco mais caro para ter alimentos saudáveis na mesa”, acrescenta.
Nos supermercados os preços também subiram, mesmo assim a procura continua estável, comenta o gerente Edson Dutra, do supermercado Big Bom. Ele diz que o abastecimento continua normal, apesar dos problemas climáticos. “A diferença é que os produtos perderam a qualidade em algumas regiões do País”, explica, ressaltando que a maioria é importada de Santa Catarina, Minas Gerais, Goiás e São Paulo.
Já nas feirinhas, onde os próprios comerciantes são os produtores, a situação não é das melhores. Na feira livre da Rua Cuiabá o alface está na casa de R$ 1,50. As folhas são pequenas e as pontas apresentam queimaduras. Tomate, cenoura e beterraba também estão com qualidade inferior.
A mistura de calor e chuva nessa época do ano atrapalha o desenvolvimento dos produtos. As folhas ficam amarelas, enferrujam, quando não apodrecem na horta. Já os tomates ficam menores e com dificuldade para amadurecer. As frutas perdem o doce e ficam feias. Os produtos geralmente ganham mais qualidade a partir de março.
Fonte: Fátima News