Chácara Novo Horizonte é a base do projeto experimental na capital. Lá estão sendo produzidas as mudas que serão plantadas nas outras unidades
Quando chegou a Rio Branco vindo do interior do Estado para trabalhar como taxista, Hilário Moreira de Araújo tinha um sonho: ter sua própria área de terra para trabalhar na produção. Os amigos achavam que era loucura, que não dava dinheiro, mas Hilário insistiu, comprou uma chácara de
A plantação de tomate só foi possível graças ao apoio da prefeitura de Rio Branco por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Floresta (Safra) e da consultoria do Sebrae de Santa Catarina e Sebrae Acre. A chácara de “Seu Hilário”, como é conhecido, é a primeira a receber o experimento, que, segundo o técnico
“Aqui em Rio Branco, começamos na propriedade do Seu Hilário, mas vamos dar sequência ainda este mês em mais cinco unidades – uma em cada um dos polos agroflorestais do município -, além do projeto de Assentamento Benfica”, diz Jessé.
Cada unidade contará com plantio em áreas protegidas – com irrigação e cobertura – de
“Essa é uma expectativa modesta, mas, como estamos preparando a primeira safra, trabalhamos com números iniciais e a expectativa é de que, à medida que avancemos no plantio, melhoremos a colheita a cada safra, a exemplo do que vem acontecendo no Vale do Juruá”, disse Advíncola.
A chácara Novo Horizonte é a base do projeto experimental na capital. Lá estão sendo produzidas as mudas que serão plantadas nas outras unidades. Todo o trabalho vem sendo feito com o acompanhamento da consultora do Sebrae de Santa Catarina, Jany Erdmann Toloza, mulher do técnico do Sebrae, o chileno Gaston Toloza, que morreu este ano e, como ele, especialista em plantação de tomates.
“Nós estamos na fase de implantação em Rio Branco e como o solo daqui não é muito diferente do Vale do Juruá, acreditamos que não teremos muitas dificuldades na plantação, principalmente porque o investimento vem sendo em sistema protegido e com ampla assistência técnica até que os produtores possam caminhar sozinhos”, diz Toloza.
Segundo os técnicos da Safra, a opção pelo investimento em tomate se dá por dois motivos: a boa lucratividade do produto por área plantada e o fato de que praticamente toda a produção consumida em Rio Branco é importada de outros Estados.
Para Seu Hilário, investir no cultivo de tomate, antes de uma experiência inovadora, é a esperança de melhoria na lucratividade da propriedade. “Eu ainda não entendo muito bem como funciona, mas estou aprendendo e interessado em progredir na produção. Já sei, por exemplo, que os bons resultados dependem não só da assistência técnica, mas também do manejo do produtor. Estou fazendo de tudo para que dê certo, apesar dos problemas que tivemos nas estufas, e, tenho certeza, teremos bons resultados até o início do ano que vem”.
Fonte: Agência de Notícias do Acre – Rio Branco