Redução de custo dos insumos estimula produção
A produção mineira de tomate de mesa, em 2009, teve um aumento de 3,42%. O volume foi da ordem de 408,0 mil toneladas, na comparação com as 394,5 mil toneladas do período anterior, informa o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Superintendência de Política e Economia Agrícola da Secretaria da Agricultura de Minas, que analisou os dados, a safra deste ano pode apresentar números mais altos porque os produtores manifestam a intenção de expandir os plantios.
Para o superintendente João Ricardo Albanez, um dos fatores favoráveis à atividade, atualmente, é redução de preço dos adubos e fertilizantes que têm peso expressivo no custo de produção do tomate. “Além da possibilidade de trabalhar com custos mais baixos, os produtores estão motivados também pelos preços médios alcançados pelo tomate no ano passado”, ele explica.
O coordenador estadual de Olericultura da Emater-MG, Georgeton Silveira, informa que, no caso dos tomates de maior representação do mercado, variedades Santa Cruz e Longa Vida, a caixa de 21 quilos teve a cotação média de R$ 19,00 para a melhor classificação e a intermediária (produtos maiores e médios). “Também tiveram destaque na comercialização os tomates maçã, cereja e saladete”, acrescenta Georgeton. Segundo o coordenador, o custo médio de produção por caixa ficou entre R$ 8,00 e R$ 12,00.
A região Central de Minas responde por 26,66% da produção anual de tomate de mesa do Estado, ou quase 109,0 mil toneladas, informa a Superintendência de Política e Economia Agrícola. De acordo com o levantamento, o Triângulo Mineiro, com 20,50% da produção, ocupa o segundo lugar no ranking estadual do produto. Já a região Sul responde por 16,92% da produção mineira. O tomate de mesa ainda é cultivado em grande escala nas regiões do Rio Doce, Centro-Oeste, Alto Paranaíba, Norte de Minas e Zona da Mata.
Estímulos à produção
O produtor Antônio Edson de Araújo, que cultiva tomate em Carmópolis e Itaguara, municípios do Centro-Oeste, confirma o efeito positivo dos preços alcançados pelas variedades de mesa. “No ano passado, cultivamos 700 mil pés e a nossa produção variou de 250 a 300 caixas por mil pés. Colocamos cerca de 200 mil caixas na Ceasa e pretendemos aumentar esses números.”
Segundo Antônio Edson, os produtores estão comprando adubo e fertilizantes a preços mais baixos que no ano passado e isso facilita a expansão dos plantios. Ele diz que em suas propriedades os tomateiros têm safra o ano inteiro. “O plantio é de 25 em 25 dias, 50 mil pés em cada período”, acrescenta. “A colheita no período de calor ocorre cem dias depois do plantio e garante remuneração mais alta, porque o consumo de saladas aumenta nessa época. Já no período de frio o tomateiro demora entre 130 e 140 dias para produzir”, ele explica.
Em São Joaquim de Bicas, município da região Central, os produtores Paulino Ribeiro da Silva e Antônio Rodrigues do Prado também informam que vão aumentar suas plantações. Paulino conta com mais de 60 mil pés de tomate e considera que “a redução do preço do adubo e dos fertilizantes vai permitir a transferência de recursos para os custos com mão-de-obra, que aumentaram muito”, acrescenta. “Pretendemos expandir a área plantada na propriedade, que no passado foi um pouco superior a 3 hectares e possibilitou a colocação de mais de 15 mil caixas de 22 quilos de tomate de mesa na Ceasa Minas.”
Já o agricultor Antônio Rodrigues vai iniciar em março o plantio de tomate em 12 hectares. Ele prevê uma safra que possibilitará a colocação no mercado de um volume superior ao do ano passado, que alcançou mais de 4 mil caixas. O produtor diz que o tomate do município tem grande aceitação e obtém bons preços no mercado porque as propriedades, em sua maioria de agricultura familiar, recebem assistência da Emater-MG para fazer o cultivo com suporte tecnológico. As informações são de assessoria de imprensa.
Fonte: Agrolink