Tomate, alface, cenoura, cebola, pimentões, pepinos, abóboras e tantas outras hortaliças compõem o prato dos brasileiros. Mesmo assim, o consumo é ainda muito baixo: estima-se 30 kg por pessoa por ano contra mais de 100 kg por pessoa por ano na Europa e Ásia. O baixo consumo tem reflexos na saúde. Muitas doenças poderiam ser evitadas consumindo as diferentes vitaminas, sais minerais e outros nutrientes expressos por meio das suas mais variadas cores. Muitas ajudam no combate a obesidade e as doenças derivadas dela, como pressão alta e diabetes; doenças cardiovasculares, câncer, etc. Nutricionistas pelo país afora tem informado sobre os benefícios à saúde. A obesidade, por exemplo, já traz problemas para o brasileiro, que consome três vezes menos hortaliças e frutas ao dia do que as 400 g por pessoa por dia recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. A expectativa é que com a mudança da dieta alimentar do consumidor brasileiro, que já começou a reduzir a ingestão de produtos calóricos, substituindo-os por dieta mais ricas em fibras, vitaminas, sais minerais, todos facilmente encontrados em hortaliças (verduras e legumes) e frutas, haja a diminuição da doença. A adoção desta dieta pode reduzir as mortes devido a câncer na ordem de .20%, segundo o Fundo Mundial de Pesquisa do Câncer. Para contribuir com a alteração deste panorama, várias iniciativas têm sido adotadas com o objetivo de aumentar o consumo de hortaliças e frutas pelos Ministérios da Saúde, Educação e Agricultura, câmaras setoriais e diversas entidades em diferentes setores.
Associações, pesquisadores, institutos, câmaras setoriais têm desenvolvido e colocado em prática projetos para incentivo ao consumo. Desde o início da cadeia produtiva de hortaliças, estes mesmos profissionais tem atuado para esclarecer e orientar produtores em temas tão diversos, que vão desde técnicas de manejo e gerenciamento da produção, como a importância da adequação às normativas que envolvem o segmento. O setor também atua em tornar tais legislações mais coerentes e de fácil aplicação. Trabalham ainda para suprir lacunas em assistência técnica, oferecendo treinamento em boas práticas agrícolas, como a aplicação correta e segura de defensivos, já que a principal dificuldade enfrentada é o pequeno leque de produtos agroquímicos registrados e autorizados para o uso em hortaliças. Nesse sentido, o setor tem trabalhando assiduamente na viabilização do registro dos produtos atualmente empregados pelos produtores, o que poderia evitar resultados como os divulgados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 17 de abril passado.
Com relação a tais resultados, toxicologistas e pesquisadores avaliam a divulgação da Agência como válida para monitorar a produção de certas hortaliças e legumes; porém, não deve refletir na queda do consumo de tais produtos, já que os pesticidas geralmente empregados não têm efeito cumulativo. É importante que a população esteja alerta sobre os resíduos possivelmente presentes nas hortaliças e legumes; porém, os consumidores também devem ser orientados sobre a melhor maneira de consumir tais produtos. Não se deve deixar de comê-los, já que os riscos que as presenças dessas quantidades de resíduos significam são muito menores que os riscos que uma pessoa corre se deixar de se alimentar corretamente. Deve-se apenas higienizar bem os produtos, com água e sabão.
Além disso, outro importante avanço verificado nos últimos anos para garantir a segurança alimentar é a rastreabilidade implantada pelas grandes redes de varejo, garantindo a origem dos produtos e também a certificação das boas práticas agrícolas aplicadas ao longo do ciclo produtivo, no controle de pragas e doenças.
É importante ressaltar que o mercado de hortaliças é altamente diversificado, com mais de 80 espécies e uma grande segmentação, devido a diferentes tipos de produtos. Reúne mais de 700 mil produtores, que geram cerca de quatro a seis empregos diretos por hectare e perto de 3 milhões de empregos diretos.
Mesmo diante das últimas notícias apresentadas pela mídia envolvendo a Anvisa e os pimentões, tomates, cenouras e outros vegetais, o consumo de legumes e hortaliças continua sendo demasiado importante, já que seus benefícios são imensuráveis ao país e aos consumidores, gerando emprego e renda, além de saúde para todos nós.
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