Nos últimos anos, o faturamento do setor vem crescendo significativamente. Foram faturados R$ 5,7 bilhões em 2014, R$ 6,2 bilhões em 2015 e, em 2016, com o crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Nada comparável, no entanto, ao crescimento de 12% a 15% registrado entre 2011 e 2014. A queda foi provocada por mudanças no comportamento do consumidor.
No entanto, o presidente do Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura), Kees Schoenmaker, garante que o setor floricultor olha o futuro com confiança. “A floricultura brasileira é um setor vibrante e nós olhamos o futuro com confiança. Acreditamos que a economia, nos próximos dois anos, estará ainda abaixo do necessário, e, neste sentido, os produtores já adotaram e continuam tomando medidas visando a redução de custos e limitando a expansão de suas produções. Para nós, `inovar’, a palavra de ordem no momento”, diz.
No Brasil, a profissionalização e o dinamismo comercial da floricultura são fenômenos relativamente recentes. No entanto, a atividade já contabiliza números extremamente significativos.
O mercado de flores é uma importante engrenagem na economia brasileira, responsável por 199.100 empregos diretos, dos quais 78.700 (39,53%) relativos à produção, 8.400 (4,22%) à distribuição, 105.500 (53,00%) no varejo e 6.500 (3,25%) em outras funções, em maior parte como apoio. De acordo Kees Schoenmaker, o mercado brasileiro ainda apresenta um grande potencial de crescimento. “O consumo de flores no Brasil é de R$ 26,68 por habitante. É pouco, se comparado ao consumo na Europa, onde o consumo médio por habitante é R$150,00. Na Alemanha, o maior consumidor da Europa, o gasto médio por habitante chega a R$190,00. Assim, temos muito o que trabalhar para aumentar o consumo no país”, diz.
Números fornecidos pelo Ibraflor indicam que o Brasil conta com 8.250 produtores de flores e 14.992 hectares de área cultivada (propriedade média de 1,8 hectares). São eles os responsáveis pelo cultivo de mais de 3.500 variedades e de cerca de 350 espécies de flores e plantas ornamentais.
Para comercializar a produção, estão cadastradas cerca de 60 centrais de atacado, 650 empresas atacadistas e 19.240 pontos de venda no varejo. Somam-se mais de 30 feiras e exposições de flores realizadas no país.
Fonte: Jornal Entreposto