A aplicação de fósforo e nitrogênio na fertirrigação para o cultivo da melancia vem sendo estudado na Universidade Federal Rural do Semi-Árido. O objetivo da pesquisa é aperfeiçoar o uso dos insumos sem reduzir a produtividade e melhorar a qualidade das frutas. O experimento, coordenador pelo professor José Francismar Medeiros, está sendo desenvolvido no distrito de Juremal, no município de Baraúna (RN).
Segundo o professor Francismar, a cultura da melancia tem na nutrição mineral um dos fatores que contribuem diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos. “O nitrogênio e o potássio são os elementos mais determinantes e devem ser aplicados de acordo com as exigências de cada cultivar”, pontua o professor. As doses dessa adubação fosfatada e nitrogenada, bem como os resultados dessas aplicações, estão em análise pelos pesquisadores da Ufersa.
O experimento ocupa uma área de meio hectare de melancia nas cultivares Leopard, sem semente e, Olímpia, com semente, plantadas em linhas alternadas. O professor explica que a melancia sem semente é triploide, com três fileiras de cromossomos. Portanto, não há possibilidade de fecundação das flores. Daí, a necessidade da cultivar Olímpia, que possui duas fileiras de cromossomos.
A pesquisa é parte integrante do Projeto Modificações Tecnológicas na Cadeira Produtiva do Melão e da Melancia no Rio Grande do Norte, financiado pelo CNPq e coordenado pelo pesquisador Francismar. O experimento iniciado há dois meses se encontra na fase de colheita. Além da coordenação do professor Francismar Medeiros, e outros pesquisadores da UFERSA, a pesquisa envolve estudantes de graduação (iniciação cientifica), de mestrado e de doutorado. O próximo passo será a análise em laboratório com um estudo detalhado do solo, da planta e do fruto.
No que se refere ao solo, o professor adiante que será observada a quantidade de nutrientes residuais após o ciclo da cultura. “Fizemos o monitoramento do solo antes, durante e depois do cultivo, para saber a quantidade de minerais absorvidos pela planta”, explicou. O resultado irá otimizar o uso dos fertilizantes na cultura da melancia.
Quanto à planta, o estudo possibilitará a análise mais detalhada sobre o acúmulo de matéria seca resultante da fotossíntese na planta e a concentração dos minerais nos tecidos das folhas, caule e frutos. Outro dado a ser obtido diz respeito à quantidade de sais minerais que a planta acumulou durante o ciclo.
Fonte: Tribuna do Norte