Por Fernanda Yoneya
Enquanto as embalagens inteligentes não chegam ao campo, produtores que se preocupam em preservar a qualidade de seus alimentos utilizam o que há disponível no mercado. Na Korin, produtora de morango orgânico em Atibaia (SP) e Cambuí (MG), a colheita é feita em bandejas de plástico. Da bandeja, os morangos vão direto para a cumbuca de plástico, que chega ao consumidor, com manuseio mínimo.
“Antes, o morango colhido era colocado em bandejas de madeira. Testamos, depois, embalagens de poliestireno (isopor), até chegarmos à embalagem pet, com furos para o produto respirar”, diz o gerente de negócios agrícolas da Korin, Jarbas Cordeiro de Souza. “É reciclável, higiênica e preserva o alimento.”
As cumbucas de morango são colocadas em caixas de papelão, de forma que não se movam durante o transporte e haja danos mecânicos. A Korin produz 120 mil cumbucas de 300 gramas de morango por ano. A empresa também estuda materiais alternativos para embalar frutas e hortaliças. “Vamos testar, no meio do ano, uma embalagem à base de bagaço de cana-de-açúcar. Primeiro em legumes e depois no morango.”
Recentemente a Korin também testou uma bandeja biodegradável, à base de amido de mandioca. Com a umidade do morango, porém, a bandeja acaba derretendo, mesmo impermeabilizada. “A principal função da embalagem é, além de chamar a atenção do consumidor, manter a qualidade do produto. Enquanto esses novos materiais não são aperfeiçoados, o plástico ainda é a melhor opção.”
Fonte: O Estado de S.Paulo